São Paulo — Os quatro candidatos que restaram no debate da TV Cultura neste domingo (15/9), após a agressão de José Luiz Datena (PSDB) a Pablo Marçal (PRTB), lamentaram o episódio em que o tucano jogou uma cadeira de ferro no influenciador, mas também ressaltaram que o ex-coach tem feito provocações desde o início da campanha para tumultuar a eleição à Prefeitura de São Paulo.
Candidato à reeleição, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) disse que é “um dia triste para a democracia, tendo em vista essas agressões”. “Uma pessoa que fica o tempo inteiro provocando, acabou o Datena perdendo a cabeça e partindo para a agressão. Fico imaginando quem está lá nos assistindo”, disse o emedebista após o debate.
Segundo Nunes, é preciso tirar uma lição do ocorrido. “É necessário um prefeito que tenha sensatez, equilíbrio, que possa conduzir os problemas para a solução, e não para o que gente viu aqui”, afirmou. “Já imaginou se todos os problemas que têm as pessoas saírem para a pancadaria, agressões? Então, eu acho que a gente tira aqui desse debate essa lição para todos nós do perfil [de prefeito].”
O candidato do PSol, Guilherme Boulos, afirmou que o debate ficará marcado pela “cena lamentável de violência, de agressão”. “É preciso dizer que o Datena foi provocado o debate inteiro pelo Pablo Marçal, que veio para tumultuar. Não que isso justifique nenhum tipo de violência, de agressão, mas acabou perdendo o controle.”
Boulos também disse que Marçal o provocou em outra ocasião. “Agora, o Marçal não é desse debate, no outro debate me provocou, atacava, ofendia, mentia. Atacava a honra. Fez isso com o Datena o debate inteiro. Eu vi. Estava do lado e pude presenciar. Agora, o Datena acabou se descontrolando e teve isso”, disse.
A candidata do PSB, Tabata Amaral, também lamentou o ocorrido e falou que Marçal estava “trabalhando para que isso acontecesse”.
“Vale ressaltar, sim, que Pablo Marçal está desde o dia zero trabalhando para que isso acontecesse, mas nada justifica a agressão. E nada justifica o fato de que, quando os dois saíram, os dois adversários que restaram aqui continuaram se agredindo. Não é isso que as pessoas querem. Então, mais uma vez, nós vimos mulheres falando de propostas, com visões absolutamente diferentes, mas respeitando quem está aqui”, disse.
Já Marina Helena (Novo) citou que acabou envolvida indiretamente na agressão. “Usaram a minha cadeira, um para agredir o outro. Essa cena horrível. E continuou, né?”, questionou. “Claramente, a gente consegue ver aqui que está com pouca opção, gente. Mas tem opção, sim”, disse.
“A gente não pode ser governado por pessoas que fazem esse tipo de cena, ou então que fiquem apenas nessa briga verbal, nessas agressões”, afirmou.