O chefe do governo local de Bokko, na Nigéria, Monday Kassah, informou que cerca de 198 pessoas foram mortas em uma série de ataques a aldeias na região, nesta quarta-feira (27/12). Na segunda-feira (25/12), o exército divulgou que o número de mortos eram de 113, representando um aumento expressivo.
Nesse último fim de semana, ataques aldeias deixaram centenas de mortos e ao menos 300 ficaram feridos, de acordo com autoridades locais. A região de Plateau é assolado por tensões religiosas e étnicas há anos.
Monday Kassah disse à rede de notícias francesas AFP, que os ataques eram de responsabilidade de um grupo paramilitar que atua na região.
“Gangues militares, localmente chamadas de ‘bandidos’, lançaram ataques bem coordenados em não menos de 20 comunidades diferentes. Encontramos mais de 300 pessoas feridas”, disse Kassah, na segunda-feira.
Violência se espalha pelo país
Os ataques começaram na área de Bokkos, onde se espalharam para a vila vizinha, Barkin Ladi. Trinta pessoas foram encontradas mortas, de acordo com o presidente local, Danjuma Dakil.
No domingo (24/12), o governador do estado, Caleb Mutfwang, chamou o ataque de “bárbaro, brutal e injustificado”. Segundo fontes da região, tiros ainda podiam ser ouvidos no final da tarde.
A Anistia Internacional, em uma publicação no X (antigo Twitter), criticou o governo nigeriano, afirmando que as autoridades “têm falhado em encerrar os frequentes ataques mortais a comunidades rurais no estado de Plateau”.