O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) destacou as mulheres na direção da Petrobras durante a posse de Magda Chambriard como nova presidente da estatal, em evento nesta quarta-feira (19/6). Chambriard substitui Jean Paul Prates.
“Não tem mais uma mulher, mas tem três mulheres, quatro mulheres dirigindo a Petrobras. Veja que coisa extraordinária, uma mulher é pouca, duas é demais, três é demais, quatro é mais demais ainda”, afirmou.
Além de Chambriard, integram a diretoria executiva da Petrobras:
Renata Baruzzi, à frente da Engenharia, Tecnologia e Inovação;
Sylvia dos Anjos, de Exploração e Produção;
Clarice Coppetti, de Assuntos Corporativos.
As duas primeiras foram indicações de Chambriard. Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetronf), essa é a primeira vez na história da empresa que há tantas mulheres na diretoria.
Corrupção e Lava Jato
Em discurso, Lula citou “um terremoto” e “uma praga de gafanhoto” enviados para “destruir o que era realização do sonho do povo brasileiro”, em referência ao sucesso da Petrobras.
Segundo o presidente, “tudo isso veio abaixo” com “o falso argumento de combater a corrupção, a operação Lava Jato mirava, na verdade, o desmonte e a privatização da Petrobras. Se o objetivo fosse, que se punisse os corruptos e deixasse intacto o patrimônio do nosso povo. Foi uma tentativa de destruir a imagem da empresa, porque a imagem vale tanto o que a empresa produz. Muitas vezes chorei de ver pela imprensa, vocês, camisas amarelas da Petrobras, sendo chamado de corruptos”.
“Tudo isso não com o objetivo de combater a corrupção, mas destruir uma empresa que tem no coração do povo brasileiro o símbolo maior de soberania do nosso país. Quando eles não conseguiram, começaram a vender fatias da Petrobras. Foi se criando uma série de negativismo para aceitarmos destruir a Petrobras”, continuou.
Privatização
O chefe do Executivo elogiou as estatais e apontou que “a gente poderia estar melhor ainda, ter aqui a Eletrobras, que era a maior empresa de energia. A Vale, que foi privatizada e rifada, não tem um dono para conversar e, quando digo que não tem, é porque desde Mariana e Brumadinho até hoje não foi paga a indenização do povo que está esperando uma casa e o ressarcimento do estrago”.
“A gente não pode brincar de governar país desse tamanho achando que qualquer um pode dar um palpite e dizer que coisa brasileira não serve”, complementou.