Imagens de câmera de segurança obtidas pela Polícia Civil de Goiás mostram a ação da advogada Amanda Partata, 31 anos, indiciada pelo duplo homicídio do ex-sogro Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e da mãe dele, Luzia Tereza Alves, de 86, dias antes do crime.
A mulher fingia uma gravidez para o ex-namorado, o médico Leonardo Filho, e para a família dele. Imagens do hotel onde Amanda ficou hospedada na véspera do crime mostram que no dia 15 de dezembro, dois dias antes de matar duas pessoas, ela enviou mensagens para Leonardo relatando que passava muito mal e que havia tido sangramento durante a noite.
“Às 06h59, [Amanda] vai à academia do hotel. Nesse horário, conversa com o ex-namorado no WhatsApp e diz que está passando muito mal e que teria passado a noite com sangramento”, informou a polícia, que indiciou Amanda na última sexta-feira (29).
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No mesmo dia, à tarde, Amanda foi a uma loja de grife e comprou R$ 3 mil em vestidos. A polícia refez o trajeto da mulher nos dias que antecederam o crime. O veneno foi adquirido por Amanda pela internet no dia 8 de dezembro, mesma data em que em conversou por aplicativo de mensagem com o ex-namorado, o médico Leonardo Filho.
No diálogo, ela perguntou qual era o maior medo dele. Quando ele respondeu que o seu maior medo era morrer, Amanda rebateu: “Morrer? Você tem mais medo de morrer que de perder (no sentido morrer) quem você ama?”.
A mulher chegou a Goiânia no dia 14 de dezembro. Ela saiu de Itumbiara, município a 209 quilômetros da capital, e ficou hospedada em um hotel em um bairro nobre da capital.
No dia 16 de dezembro, Amanda esteve novamente na academia do hotel. No fim da manhã, recebeu um pacote de papelão com o veneno que havia sido encomendado no dia 8 de dezembro.
Na data do crime, dia 17, a advogada foi a um supermercado cedo e comprou o alimento que foi, em seguida, contaminado por ela no hotel. Ela, então, foi à casa da família do ex-namorado com a comida envenenada.
A reportagem tenta contato com a defesa de Amanda, mas ainda não obteve retorno. O espaço segue aberto para manifestação. Quando foi presa, ao chegar na delegacia, ela negou ter cometido os crimes.