Medida segue orientação do Ministério da Saúde; cada município paulista é responsável pelo seu sistema de vacinação. Vacina bivalente contra a Covid-19
Divulgação/Prefeitura de Volta Redonda
Piracicaba (SP), Cordeirópolis (SP) e Santa Bárbara d´Oeste (SP) já começam a aplicar a 2ª dose da vacina bivalente contra a Covid-19 para idosos e imunossuprimidos acima de 12 anos, que tenham recebido a primeira dose do imunizante há pelo menos seis meses.
A vacina bivalente é uma versão atualizada dos imunizantes já aplicados no país e oferece maior proteção contra as variantes mais recentes da Covid-19.
Até a última quinta-feira (7), mais de 9,1 milhões de doses do imunizante Pfizer bivalente foram aplicados no estado de São Paulo.
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O g1 consultou as prefeituras das dez maiores cidades da área de cobertura. Cosmópolis (SP) afirmou que deve iniciar calendário de vacinação nesta terça-feira (12), das 8h às 15h30, nas Unidade de Saúde Andorinhas e Tide. Rafard (SP) e Rafard (SP) afirmou que já solicitou doses e deve divulgar campanha em breve.
Ministério da Saúde
A medida, iniciada pelo Governo do Estado de São Paulo na última sexta-feira (8), segue orientação do Ministério da Saúde.
Calendário
Cada município paulista é responsável pela elaboração do calendário de vacinação. De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, os municípios estão abastecidos e com estoques regularizados.
👇Confira como funciona o esquema de vacinação e a situação nas cidades da região:
Piracicaba
Em Piracicaba, as vacinas começam a ser aplicadas nesta segunda-feira (11) e estão disponíveis nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Unidades de Saúde da Família (USF) e Centros de Referência em Atenção Básica (Crab), com exceção do Crab Paulista, nos seguintes horários:
Para receber a vacina, é preciso apresentar documento de identificação com foto, CPF e comprovante de vacinação com a última dose.
Nas USFs, a vacinação ocorre de segunda a sexta-feira, das 8h às 16h. E nas demais unidades, abaixo, de segunda a sexta-feira, das 8h às 15h. Veja lista.
UBSs
USF Campestre
USF Artemis
USF Anhumas
USF Ibitiruna
Santa Bárbara d´Oeste
Santa Bárbara d´Oeste começou a aplicar a vacina na sexta-feira (8). A aplicação acontece de segunda a sexta-feira, com exceção de feriados e pontos facultativos, nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde).
No município, o imunizante está disponível nas seguintes unidades
UBS da Linópolis (Centro de Saúde II)
UBS do Grego/Furlan
UBS do São Fernando
UBS do 31 de Março
UBS do Esmeralda
UBS do Planalto do Sol 2
UBS Regional Zona Sul
UBS do São Francisco
UBS do Mollon
UBS do Laudissi/Romano
UBS do Europa
UBS da Cidade Nova
UBS do Cruzeiro do Sul
Para receber a segunda dose da vacina bivalente, é preciso apresentar RG ou outro documento com foto, comprovante de endereço no nome de quem for tomar o imunizante, CPF ou comprovante de que a primeira dose foi aplicada no município.
Rafard
Em nota enviada ao g1, a Prefeitura de Rafard afirmou que fez a solicitação e iniciará a campanha com divulgações para que os moradores procurem a sala de vacina assim que receber as doses.
Limeira
A Prefeitura de Limeira informou em nota enviada ao g1 nesta segunda-feira (11) que não recebeu as doses para a aplicação.
“A Secretaria de Saúde de Limeira informa que ainda não existe oficialmente determinação para aplicação da segunda dose da bivalente. Também, não recebemos doses para a aplicação e nenhum informe oficial do Ministério da Saúde”, afirmou em nota.
Em setembro deste ano, o g1 conversou com o médico infectologista Tufi Chalita nesta quinta-feira (31). O especialista alerta para necessidade de que a população se vacine com todas as doses recomendadas pelos órgãos oficiais de Saúde, inclusive a bivalente. 👇Leia mais, na reportagem, abaixo.
“Quem não tomou a vacina bivalente está desprotegido contra novas cepas e subcepas da doença”, afirma.
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Mortes e casos confirmados
📈Veja, abaixo, 👇os números de casos confirmados de Covid-19 e de mortes, em decorrência da doença, entre janeiro a agosto de 2023 por cidade.
Piracicaba
Piracicaba (SP) demonstrou queda nos registros de casos confirmados e mortes por Covid-19 entre janeiro e agosto de 2023. Os dados foram enviados com atualização até às 14h desta quinta-feira (31). Confira na tabela, abaixo.
Casos confirmados e mortes por Covid-19 entre janeiro e agosto de 2023
“Seguindo a tendência do país, o cenário atual no município é de estabilidade, com redução no número de casos e óbitos, bem como uma situação muito mais favorável em relação ao número de hospitalizações, haja vista a menor gravidade dos casos confirmados”, comunicou a prefeitura em nota.
A Secretaria Municipal de Saúde afirma que, desde o início da pandemia, articulou de “forma responsável e organizada sua rede de atenção tanto para o diagnóstico quanto para o tratamento dos casos suspeitos e confirmados de Covid 19”, segundo salientou no texto enviado à reportagem.
“Contudo, apesar de todos os esforços realizados, a vacinação foi indubitavelmente o fator que mais impactou na magnitude da pandemia, possibilitando essa estabilidade. Portanto, é imprescindível que todos os cidadãos, em especial os grupos mais vulneráveis, estejam com o esquema vacinal completo, visando manter a imunidade, principalmente contra as formas graves de Covid 19, sobretudo em meio ao surgimento de novas variantes no país”, afirmou entre trecho do documento.
A administração também ressalta que as orientação como higienização de mãos, etiqueta respiratório e evitar ambientes pouco ventilados e com aglomerações, permanecem vigentes. Em caso de suspeita da doença, a recomendação é usar máscara e fazer distanciamento social
Limeira
A Secretaria de Saúde de Limeira (SP) informou ao g1 que observou uma “redução importante em número de casos e óbitos em comparação aos demais anos”. A pasta ressalta, ainda, que está em alerta às ocorrências devido à introdução da nova variante. Veja o levantamento, abaixo:
Casos confirmados e mortes por Covid-19 entre janeiro e agosto de 2023
Santa Bárbara d’Oeste
A Secretaria de Saúde de Santa Bárbara d’Oeste (SP) informou que, de acordo com a evolução mês a mês de casos e de óbitos por Covid-19, o município “encontra-se em um patamar de estabilidade, já que tanto os novos casos quanto os óbitos estão com uma incidência baixa e frequência constante, não apresentando no momento tendência de aumento”, conforme comunicou em nota.
Veja os dados:
Casos confirmados e mortes por Covid-19 entre janeiro e agosto de 2023
Nova Odessa
No caso de Nova Odessa (SP), os dados apontam também estabilidade da doença, que não registra óbitos na cidade desde março. Em agosto houve uma alta de casos, mas o patamar das mortes, até agora, permanece zerado. Veja na tabela:
Casos confirmados e mortes por Covid-19 entre janeiro e agosto de 2023
O que diz o especialista
O médico infectologista Tufi Chalita afirma que a falta da vacinação impacta diretamente no retorno da incidência de casos e explica alguns dos fatores para que a procura pela imunização não ocorra da forma ideal, segundo as orientações dos órgãos oficiais da Saúde.
Desinformação⚠️
O infectologista aponta que, ao notar a diminuição de casos de Covid-19 com o passar do tempo, o público pode achar, erroneamente, que a vacinação não é urgente e essencial. Ele explica que na clínica em que trabalha isso aconteceu.
“Em nossa clínica, por exemplo, notamos que as pessoas, ao perceberem a diminuição dos casos ao longo do tempo, se sentem desestimuladas a se vacinarem”, disse.
“Sem falar ainda, dos grupos que não têm sequer uma dose da vacina e não pretende se imunizar contra a Covid-19 por questões mais diversas possíveis, seja por questões religiosas, por acreditarem em grupos antivacina e/ou serem atingidos pela desinformação comumente propagada durante a pandemia sobre supostos efeitos adversos da vacina”, acrescenta.
Médico infectologista Tufi Chalita, de Piracicaba
Arquivo pessoal/Tufi Chalita
Desestímulos😔
Diferente do que ocorria no início da pandemia de Covid-19, com a divulgação massiva do balanço de novos casos e mortes causadas pela doença, nos últimos meses, observa Chalita, a ausência de informação atualizada sobre o assunto nos veículos de comunicação de massa também acaba desestimulando a busca pelas doses da vacina.
“Como quase nem se fala mais a respeito de Covid-19, as pessoas que tomavam a vacina também ficaram desestimuladas a seguir com o calendário das doses de reforço e da bivalente, mais recentemente”, acrescenta.
A ausência da cobertura vacinal adequada impacta diretamente no surgimento de novas cepas da doença, conforme alerta o infectologista.
“Há mais ou menos um ano, em 2022, surgiu a variante ômicron, que escapa da proteção em relação à vacina que foi feita para as primeiras cepas que tivemos, a beta, alpha, beta. Só tem proteção adequada quem toma a vacina bivalente, que é eficiente para as cepas anteriores e as subcepas da ômicro”, ressalta.
A última subcepa, a variante chamada de Eris, com casos confirmados no Brasil nas últimas semanas, tem causado novos pequenos surtos de Covid-19. “Por sorte nossa, elas parecem ser menos agressivas do que as primárias, que surgiram no início da pandemia com casos muitos graves”, compara.
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Prefeitura de Piracicaba
Subnotificação📈
Chalita faz um alerta para que a população se vacine e descreve um cenário de possível subnotificação de casos pela falta de diagnóstico de Covid-19.
“Quem não tomou a vacina bivalente está desprotegido contra a cepa atual e acaba pegando. Esse cenário provoca duas situações ruins. Primeiro porque novas pessoas vão se infectando com essas novas variantes e vão passando para outras. E segundo, gera falta de controle sobre o cenário real”, adverte.
O médico esclarece que, como as novas variantes demonstraram sintomas e efeitos, geralmente, mais amenos, há pessoas que não procuram os serviços de saúde ou fazem o teste e se tratam como se fosse um resfriado leve.
“Há muita subnotificação, com casos que não entram nos registros oficiais porque não foram testados ou, então, foram feitos a partir de exames rápidos de farmácia, por exemplo, e depois podem não ser notificados aos serviços de saúde. As pessoas já aprenderam a se isolar, a depender da responsabilidade de cada um, ou nem fazem isso. O que é complicado”, alerta.
O especialista ressalta que as pessoas deixaram de usar máscaras mesmo em ambientes fechados, o que diante de eventual retorno de casos, facilita a propagação do vírus e criação de cepas e subcepas.
Vacinação contra a Covid-19 em Piracicaba
Divulgação/ Prefeitura de Piracicaba
Alerta😷
O infectologista afirma que, diante de todos os fatores mencionados, não é descartada a possibilidade do surgimento de novas variantes.
“Pode surgir, no futuro, uma subcepa que seja, novamente, muito agressiva, diante de uma realidade de desproteção e falta de vacinação. Isso é imponderável, não dá pra saber ao certo. O que se sabe é que essa doença veio e vai ficar entre nós. Se não houver campanhas massivas e conscientização sobre a importância e segurança que a vacina tem, vamos continuar vendo mais casos”, finaliza
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