Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade será aplicado em todo o Brasil nesta terça-feira (12) e quarta (13). Jovens podem fazer Enem PPL nas unidades prisionais e buscar remição de pena e matrícula na faculdade
Divulgação/Secretaria da Administração Penitenciária do Estado de São Paulo
“Educação é importante para a transformação e prepara para um futuro melhor”. É com esse pensamento que o detento José*, de 37 anos, irá realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL), nesta terça (12) e quarta-feira (13).
José está recluso na Penitenciária de Araraquara (SP) e faz parte dos 278 da unidade que irão prestar a prova. Em todo o Estado de São Paulo, são 21.721 candidatos.
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“Quero cursar Pedagogia, Filosofia ou Matemática, que são as áreas que mais gosto. Em relação aos preparativos para o exame, estou me atualizando e buscando mais conteúdo para estudo para atingir uma boa pontuação”, acrescentou José.
As provas serão aplicadas nas unidades prisionais da Secretaria de Administração Penitenciária (SAP). O Enem PPL permite o acesso ao ensino superior por meio de iniciativas como o Sistema de Seleção Unificada (Sisu), Programa Universidade Para Todos (Prouni) e Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). A avaliação de desempenho é focada em reeducandos que terminaram o ensino médio e realizada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
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Com a expectativa positiva, Cláudio*, de 31 anos, que também está preso em Araraquara, disse estar se preparando bastante para o Enem.
“Minha maior meta é cursar uma universidade. A educação muda o mundo, e ela te oferece a única coisa que ninguém pode tirar de você: o conhecimento. Estou me preparando bastante para o Enem por meio de estudos para realizar a prova”, disse.
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Presos da penitenciária de Araraquara fazem o Enem PPL nesta terça e quarta
Reprodução EPTV/Arquivo
Como é o Enem PPL
O exame tem o mesmo grau de dificuldade do Enem regular e é composto por quatro provas, que juntas somam 180 questões, e uma redação em língua portuguesa. A avaliação promove o acesso à universidade e também contribui para análise da educação como um todo.
1º dia: as pessoas privadas de liberdade irão responder as questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias, além de escrever a redação
2º dia: já no segundo dia, os PPLs irão responder questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Matemática e suas Tecnologias.
Além das aulas do ensino regular, ofertadas pelas escolas vinculadoras, os presos podem estudar por meio do ‘cursinho intensivo’.
O curso acontece de forma remota e possui 100 horas/aula, distribuído em 60 horas de videoaulas e 40 horas práticas com exercícios e redação. Todo material didático fornecido pelo Instituto SEB acompanha as mesmas diretrizes dos cursos regulares da instituição, garantindo a qualidade do aprendizado.
*Os nomes dos detentos foram modificados para preservar a identidade dos entrevistados.
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