As escolas de samba do Grupo Especial do Rio de Janeiro já estão se preparando para o Carnaval 2025. Neste final de semana, agremiações se reuniram na Cidade do Samba, na capital carioca, para comemorar o Dia Nacional do Samba. O que chamou a atenção de internautas, no entanto, foi a participação de Rafa Kalimann, musa da Imperatriz Leopoldinense.
Em 2025, a Imperatriz Leopoldinense apresenta o samba-enredo Ómi Tútú ao Olúfon – Água Fresca Para o Senhor de Ifón, do carnavalesco Leandro Vieira. A escola de samba vai contar na Sapucaí a lenda de Oxalá, que sai de seu reino, Ifón, para fazer uma visita a Xangô. No caminho, deve fazer uma oferenda a Exu, que controla os caminhos.
Em um trecho que circula nas redes sociais neste domingo (1º/11), Rafa Kalimann é flagrada sambando justamente o trecho em que Exu aparece na música. A atriz e influenciadora, no entanto, não canta nos momentos em que a divindade é citada na letra. A coluna procurou a assessoria de imprensa da famosa, que não se pronunciou até o fechamento da reportagem.
O “flagra” envolvendo Rafa Kalimann revoltou muitos internautas. “Quer ser atriz, mas não quer falar palavras do vocabulário da personagem por fugir dos seus princípios. Quer sambar, mas não quer cantar o enredo da escola por enaltecer uma religião diferente da dela”, disse João Hernanes. “Palhaçada. O pastor dela sabe que ela tá numa festa pagã?”, ironizou Denise Mattar.
“Devia ser proibida uma coisa dessa. A princesa é crente, tá participando de algo que a raiz é a religião africana e não canta as partes da música. Francamente, isso é até uma falta de profissionalismo – além do puro preconceito ignorante”, detonou a internauta Marielle Pereira.
Polêmica em novela
Essa não é a primeira vez que Rafa Kalimann se nega a falar alguma palavra ou mudar frases em um trabalho. A famosa admitiu, durante sua participação no podcast E Você?, que às vezes trocava alguns termos escritos por Daniel Ortiz para sua personagem, Jéssica, na novela Família É Tudo, da Globo.
A atriz explicou na ocasião que, devido a sua criação familiar, há palavras fortes, xingamentos, que ela não usa no dia a dia, mas sua personagem, sim, e usou a palavra “desgraçada” como exemplo
“Quando recebo os textos, às vezes falo assim: ‘ai, Daniel Ortiz, por que você escreveu isso? Eu vou ter que falar essa palavra’. Porque tem palavra que eu não consigo falar na minha vida. Tem uma palavra que é o oposto de ‘sem graça’, de pessoa que não tem a graça de Deus… Não gosto dessa palavra, é muito pesada para mim. Se eu falasse em casa, meus pais diriam: ‘Não [pode’], é cultural [para mim], e a Jéssica tem que falar”, explicou Rafa Kalimann.