Vídeo gravado no Legado das Águas (SP) mostra dois machos de caninanas batalhando por fêmea Veterinária flagra ‘combate’ entre duas caninanas
Laila Setton, médica veterinária e observadora de aves, filmou recentemente uma cena curiosa: duas cobras caninanas (Spilotes pullatus) entrelaçadas, segundo ela, em um possível combate.
O vídeo foi feito na região do Legado das Águas, no interior de São Paulo. A observadora conta que parou o carro para ouvir uma ave quando se deparou com a cena das serpentes. “No primeiro momento eu fiquei ansiosíssima pra não perder o registro e fiz fotos e vídeos sem o tripé”, conta.
“Não tive problema para captar o momento, eu sabia que as caninanas não são peçonhentas e fui me aproximando cada vez mais, tomando cuidado somente pra elas não se assustarem comigo”, completa Laila.
Podendo chegar a até 2,5m de comprimentos, a caninana é considerada uma das maiores cobras da Mata Atlântica.
Willianilson Pessoa
O herpetólogo Willianilson Pessoa confirmou que se trata mesmo de um embate e explicou os motivos para este comportamento. “O primeiro deles é a disputa por fêmeas, algo que não é exclusivo entre as caninanas, mas também ocorre em várias espécies. Além disso, esses animais também podem brigar por alimento, o que ocorre, independente do sexo, ou por espaço e território”, explica o especialista.
“No caso do vídeo, provavelmente o combate é motivado pela presença de uma fêmea em período reprodutivo nas proximidades, que está liberando feromônios ou começando a entrar no período reprodutivo.”, completa Willianilson.
O combate
“Durante o combate, os machos se sobrepõem um ao outro. Eles ficam se enrolando, tentando subir um sobre o outro, e tentam manter o outro embaixo por mais tempo. De acordo com estudos e artigos, o macho que consegue manter o outro embaixo dele, até que o oponente perceba que não tem mais força, vence. Assim, o macho derrotado desiste e vai embora”, detalha o herpetólogo.
Durante a noite as caninanas costumam se esconder em troncos de árvores
Willianilson Pessoa
Quando há uma disputa de território, especialmente no caso das serpentes arborícolas, os machos descem ao chão para a briga.
*Texto sob supervisão de Lizzy Martins
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