O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, disse neste domingo (2/6) que o governo Lula (PT) busca uma “alternativa” para manter o nível de emprego no estado.
“Vamos também acelerar nesta semana o debate sobre a manutenção dos postos de trabalho”, disse ele em coletiva de imprensa em Muçum (RS).
O ministro frisou que tem conversado com o titular da pasta do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e afirmou que o governo já fechou alguns acordos com empresas e setores para criar mecanismos que garantam a manutenção dos empregos e para que as empresas tenham apoio do governo federal.
“Muitas empresas não conseguiram trabalhar, não abriram durante todo o mês de maio. Empresas que ainda estão sem água, sem luz, sem nenhuma capacidade de trabalho e têm que pagar a folha [de salários dos empregados]. Têm que pagar as despesas mensais e nós temos que construir uma alternativa para a manutenção da saúde financeira das empresas e, principalmente, para a manutenção dos postos de trabalho”, continuou ele.
Neste domingo, Pimenta visita municípios atingidos pelas enchentes no Vale do Taquari e se reúne com prefeitos. Na segunda (3/6), ele fará uma inspeção no Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre, que segue fechado.
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Ricardo Stuckert/PR
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Aeroporto Salgado Filho alagado
Ricardo Stuckert/ Presidência da República
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Principal aeroporto do Rio Grande do Sul alagado
Ricardo Stuckert/ Presidência da República
Aeroporto Salgado Filho porto alegre
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Na última quarta-feira (29/5), Luiz Marinho estimou que as chuvas no estado deverão impactar nos dados de empregos formais no país no mês de junho.
“Vamos desejar que a economia continue crescendo. Evidente que nós temos o fenômeno catástrofe no Sul, que deve impactar nos números de junho, provavelmente”, disse ele em coletiva para apresentação dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) de abril.
“Vai ter impacto seguramente no emprego do estado, o que impactará seguramente no número geral no país”, salientou.
Dados das enchentes
O número de mortos após as enchentes subiu de 171 para 172. Seguem desaparecidas 42 pessoas, além de 806 feridos. Os dados foram atualizados em boletim da Defesa Civil do estado divulgado na manhã deste domingo.
A quantidade de municípios afetados segue em 475 (do total de 497 cidades). Há ainda mais de 37 mil pessoas em abrigos e 580 mil desalojadas.