As suspeitas fizeram parte do julgamento do governador e seu vice no Tribunal Regional Eleitoral, mas eles foram absolvidos. Relatório da Controlaria do RJ diz que governo não cumpriu 90% das recomendações sobre a suspeita de contratações irregulares no Ceperj
Um relatório da Controladoria Geral do Estado aponta que o governo do Rio de Janeiro não cumpriu 90% das recomendações feitas pelos auditores sobre as suspeitas de contratações irregulares pelo Ceperj.
O caso envolve o programa Esporte Presente, vinculado à Fundação, sob suspeita desde 2022. No ano seguinte, o projeto que era para oferecer esporte e lazer de graça para a população foi alvo de uma auditoria da Controladoria.
A CGE fez 20 recomendações ao Ceperj. Um balanço de fevereiro concluiu que só 10% foram cumpridos, ou seja, apenas dois pedidos foram seguidos.
Entre as 18 recomendações que não foram cumpridas, está a falta de justificativa para a contratação do Instituto Fair Play, organização social que administrava o projeto Esporte Presente.
Segundo a CGE, o instituto não estava credenciado e foi contratado sem licitação. O relatório aponta que a fundação não apresentou estudo técnico para embasar a ampliação do projeto.
O levantamento diz também que o governo não respondeu às solicitações da Controladoria sobre transparência de gastos e despesas. A CGE pediu que o Ceperj justificasse dois pagamentos de pessoal que, somados, chegam a R$ 17 milhões.
O relatório afirma ainda que faltaram algumas explicações, como:
O motivo para os nomes dos contemplados nas folhas de pagamento só foram juntados depois da aprovação e execução das despesas;
O Ceperj não mostrou a prestação de contas dos pagamentos feitos à OS Fair Play;
O relatório mensal de presença e evasão dos alunos não foi apresentado.
A apuração da CGE não foi concluída, mas investigações apontam que parte dos funcionários eram fantasmas e cabos eleitorais. O Ministério Público investiga o caso.
Por causa do esquema, o governador Cláudio Castro, o vice Thiago Pampolha e o presidente da Alerj Rodrigo Bacellar foram a julgamento no Tribunal Regional Eleitoral, acusados de abuso de poder político e econômico pelo suposto uso das contratações para fins eleitorais.
O TRE rejeitou o pedido de cassação e eles foram absolvidos, mas o Ministério Público Federal diz que vai recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral.
Procurado, o governo do Rio disse que atua com firmeza e transparência para investigar as denúncias relacionadas à administração do Ceperj.
De acordo com a nota, além da extinção imediata dos programas, a PGE solicitou à CGE a instauração da auditoria para apurar os fatos.
Ainda segundo o governo, o relatório produzido pela comissão especial de auditoria ainda não é a conclusão do trabalho. E que, quando o processo de tomada de contas for concluído, será encaminhado à CGE.
Visão geral da privacidade
Este site utiliza cookies para que possamos lhe proporcionar a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.