Horas após a oposição autoproclamar Edmundo González como o novo presidente da Venezuela, nesta segunda-feira (5/8), o governo de Nicolás Maduro anunciou uma investigação penal contra o ex-diplomata que concorreu à presidência no fim de julho. María Corina Machado também teve seu nome incluído no documento.
De acordo com comunicado do Ministério Público venezuelano, Edmundo González e María Corina Machado estão sendo acusados de usurpação de funções, difusão de informação falsa, incitação à desobediência de leis e à insurreição, além de associação para crime e conspiração.
Assim como em eleições anteriores, a política venezuelana vive uma crise após a reeleição polêmica de Nicolás Maduro para um terceiro mandato de forma seguida.
O Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou o herdeiro político de Hugo Chávez como vencedor das eleições presidenciais, mas a oposição e parte da comunidade internacional cobram maior transparência do órgão eleitoral, controlado pelo governo Maduro.
Apesar de ter reafirmado a vitória chavista na última sexta-feira (2/7), o CNE ainda não apresentou as atas eleitorais que podem comprovar o resultado das urnas.
Em contrapartida, opositores afirmam que Edmundo González foi o verdadeiro presidente eleito na votação. Uma apuração paralela de atas obtidas pela coligação de oposição indica que o ex-diplomata recebeu cerca de 67% dos votos, contra apenas 30% de Maduro.