O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha (PT), negou “qualquer rancor” após ser criticado pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), na quinta-feira (11/4).
Em chegada a evento no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (12/4), Padilha disse que não iria “descer a esse nível”. “Não tem qualquer tipo de rancor. Sobre rancor, a periferia da minha cidade produziu a grande figura, o Emicida. Ele diz: ‘Mano, rancor é igual a tumor, envenena a raiz, quando a plateia só deseja ser feliz’”.
“Não vou desviar meu foco de forma nenhuma, tenho alegria de ser ministro da coordenação política, tenho a honra de ser parlamentar eleito por São Paulo. Que a gente se concentre na agenda do país, não tem rancor”, reforçou.
Na quinta, Lira chamou Padilha de “incompetente” e “desafeto pessoal”, ao ser questionado sobre os votos de aliados contra a prisão do deputado Chiquinho Brazão, acusado de mandar matar a vereadora Marielle Franco.
Segundo o presidente da Câmara, a análise havia sido “vazada” por Padilha, “que é um desafeto, além de pessoal, incompetente”.
“Não existe partidarização. Deixei bem claro que ontem a votação era de cunho individual, cada deputado responsável pelo voto que deu, não tem nada a ver. Os partidos liberaram, em sua maioria, as posições. É lamentável que integrantes do governo, interessados na instabilidade da relação harmônica entre os Poderes, fiquem plantando essas mentiras, essas notícias falsas que incomodam o parlamento”, disse Lira.
Padilha, no entanto, afirmou que não responderia sobre sua competência e deixaria “as palavras do presidente Lula”. Na noite de quinta, o ministro publicou um vídeo do chefe do Executivo o elogiando em evento na quarta-feira (10/4).
“Sou filho de uma alagoana arretada, que sempre disse: ‘Meu filho, se um não quer, dois não brigam’. Aprendi a fazer política com o presidente Lula, política com civilidade, vejo a relação do governo Executivo com o Congresso como uma dupla de sucesso no ano passado”, reiterou Padilha.