São Paulo — A Operação Fim da Linha, que prendeu dirigentes de empresas de ônibus da capital paulista por suspeita de envolvimento com o crime organizado, não teve impacto no funcionamento do transporte público na zona sul da cidade, na manhã desta terça-feira (9/4).
A movimentação dos ônibus da Transwolff, uma das concessionárias investigadas, acontecia normalmente no Terminal Santo Amaro, na zona sul da cidade, quando o Metrópoles esteve no local, por volta das 10h.
Questionado sobre a possibilidade de alguma interrupção no atendimento aos passageiros por causa da operação, um funcionário afirmou à reportagem que não havia nenhum comunicado neste sentido.
A poucos quilômetros dali, o entra e sai de veículos na garagem da Transwolff na Rua Olivia Guedes Penteado, também indicava que a ação não teve impacto nas linhas ligadas à concessionária.
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Ônibus da Transwolff circulam normalmente no dia em que MPSP faz operação da empresa por suspeita de ligação com o PCC; na imagem, ônibus da empresa no Terminal Santo Amaro
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Ônibus da Transwolff circulam normalmente no dia em que MPSP faz operação da empresa por suspeita de ligação com o PCC; na imagem, ônibus da empresa no Terminal Santo Amaro
Jéssica Bernardo/Metrópoles
Operação ônibus PCC SP
Agentes da receita em garagens de ônibus
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Garagem da Transwolff, em Socorro, zona sul; empresa é alvo de operação do MPSP por suspeita de ligação com o PCC
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Garagem da Transwolff, em Socorro, zona sul; empresa é alvo de operação do MPSP por suspeita de ligação com o PCC
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Garagem da Transwolff, em Socorro, zona sul; empresa é alvo de operação do MPSP por suspeita de ligação com o PCC
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Garagem da Transwolff, em Socorro, zona sul; empresa é alvo de operação do MPSP por suspeita de ligação com o PCC
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Garagem da Transwolff, em Socorro, zona sul; empresa é alvo de operação do MPSP por suspeita de ligação com o PCC
Jéssica Bernardo/Metrópoles
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Funcionários da Transwolff ouvidos pelo Metrópoles sob condição de anonimato afirmaram que foram surpreendidos pela operação policial.
“Um motorista que me avisou: olha, o patrão foi preso”, disse o trabalhador. “Pegou a gente de surpresa”, completou outro motorista.
Os colegas afirmam que não sabiam sobre as suspeitas de ligação da empresa com o Primeiro Comando da Capital (PCC). “Se a gente soubesse não tinha nem entrado”, afirmou um deles.
Os funcionários defenderam a ideia de que a SPTrans assuma a operação das linhas da Transwolff, como determinado pela Justiça de São Paulo, para que os passageiros não sejam prejudicados.
Juntas, as companhias investigadas na Operação Fim da Linha – Transwolff e UPBus – transportam cerca de 700 mil passageiros por dia e têm uma frota de mais de mil ônibus.
O prefeito Ricardo Nunes (MDB) participará de uma coletiva de imprensa na tarde desta terça-feira para detalhar o funcionamento do transporte coletivo nas linhas afetadas.