Nos Estados Unidos, uma eleição histórica e como nunca se viu

Sai de cena o atentado que por pouco não matou o ex-presidente Donald Trump. Entra em cena a escolha pelo Partido Democrata do candidato que substituirá Joe Biden, o presidente que abdicou, ontem, de tentar se reeleger. O candidato mais provável é Kamala Harris, a vice-presidente dos Estados Unidos.

Normal? Tudo, menos normal. A de novembro deste ano será uma eleição histórica e sem precedentes nos Estados Unidos. Alguns analistas começam a chamá-la da eleição do pode ser e do pode não ser, tamanho o risco de a essa altura cravar qualquer coisa. A começar pela escolha de Kamala para candidata.

Trump uniu o Partido Republicano em torno do seu nome. Ali, manda ele e mais ninguém. No Partido Democrata, mandam inúmeros líderes. Apesar da idade e dos lapsos de memória, eles apoiaram Biden para candidato porque um presidente no exercício do cargo detém muito poder e se impõe naturalmente. Biden apoia Kamala.

No momento, o Partido Democrata está entre aceitar desde já Kamala como candidata ou realizar em agosto o que se conhece como “convenção aberta”. Em uma convenção aberta, vários nomes podem se apresentar. Caberá aos delegados à convenção, mais de uma centena, ungir pelo voto um dos nomes para concorrer à eleição.

A última vez que isso ocorreu foi em 1968, quando o então presidente Lyndon Johnson, que sucedera a John Kennedy, assassinado a tiros no Texas três anos antes, decidiu não disputar um novo mandato. A popularidade de Johnson estava em baixa por causa da guerra do Vietnã. Os americanos queriam o fim da guerra.

Johnson foi o segundo presidente dos Estados Unidos a desistir da reeleição. O primeiro foi Harry S. Truman, que governou de 1945 a 1952. Como vice-presidente, Truman sucedera a Franklin D. Roosevelt que morreu no cargo sem completar seu quarto mandato. A guerra da Coreia acabou por corroer a popularidade de Truman.

Biden é, portanto, o terceiro presidente a renunciar à reeleição. Não por causa das guerras na Ucrânia, invadida pela Rússia, e na Faixa de Gaza, travada por Israel e o grupo Hamas. A senilidade avançada de Biden foi o motivo da renúncia. Biden era o candidato a presidente mais velho da história do seu país. O título, agora, é de Trump.

O ineditismo da eleição de novembro está em que ela poderá pôr frente a frente um ex-presidente derrotado (Trump) que concorre pela primeira vez, o primeiro ex-presidente condenado por crime; e uma mulher preta e descendente de asiáticos. Nunca os Estados Unidos foram governados por uma mulher, e ainda por cima preta.

E uma única vez os Estados Unidos foram governados por um preto, Barack Obama, que se reelegeu e que deverá apoiar Kamala, uma vice-presidente apagada. Os pretos, há quatro anos, puseram Biden na Casa Branca. Farão o mesmo com Kamala se ela for candidata? Os pretos estavam divididos entre Biden e Trump.

É um esporte de risco o de profetizar o que poderá acontecer. Quem imaginou que Trump, há quatro anos, tentaria dar um golpe de Estado para não ceder o lugar a Biden? Quem imaginou que ele seria alvo de um atentado durante a campanha? O aleatório faz das suas. Trump diz que só reconhecerá os resultados da próxima eleição se vencer.

Em 1952, Truman deu lugar a Adlai Stevenson II como candidato do Partido Democrata a presidente. O general Dwight D. Eisenhower, candidato do Partido Republicano e herói da Segunda Guerra Mundial, o derrotou por larga margem de votos. Em 1968, o republicano Richard Nixon elegeu-se presidente com folga e se reelegeu.

As pesquisas mais recentes mostram que Kamala perde para Trump, mas ela parece estar se saindo melhor do que Biden,  segundo o jornal The New York Times. Kamala fica atrás de Trump em dois pontos percentuais (46% a 48%). É um desempenho pouco melhor do que o de Biden (44% a 47%). Tomara que ela se eleja presidente.

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