A nova tentativa de se chegar a um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas fracassou, mais uma vez. O grupo palestino acusou Benjamin Netanyahu de obstruir as negociações de paz para a Faixa de Gaza.
Em um comunicado, o Hamas afirmou que a nova proposta apresentada pelos mediadores durante reunião no Catar “responde às condições de Netanyahu e alinha-se com elas”, o que não é aceito pelo grupo.
As negociações terminaram na última sexta-feira (16/8) em Doha,com a mediação do Catar, Estados Unidos e Egito. Israel enviou representantes, contudo, o grupo palestino decidiu não mandar uma delegação para o encontro.
De acordo com o grupo, a nova proposta apresentada nos últimos dias não incluem pontos cruciais reivindicados pelo Hamas. Entre elas estão um cessar-fogo permanente na Faixa de Gaza, além da retirada de tropas israelenses do enclave.
Anteriormente, EUA, Catar e Egito expressaram que a proposta apresentada durante o encontro preenchia “lacunas restantes” para a implementação do cessar-fogo.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, após o fim das negociações, deu a entender que a nova proposta agradou Tel Aviv, e pediu que os mediadores pressionassem o Hamas para aceitar o acordo.
Ao não enviar representantes para a reunião em Doha, o Hamas alegou que não buscava novas negociações, mas sim a implementação de um plano apresentado pelo presidente dos EUA, Joe Biden.
No comunicado deste fim de semana, o Hamas voltou a expressar o desejo de colocar em prática a proposta de maio.
“Nós, no Movimento Hamas, afirmamos o nosso compromisso com o que acordamos em 2 de julho, com base na declaração de Biden e na resolução do Conselho de Segurança. Apelamos aos mediadores para que assumam as suas responsabilidades e obriguem a ocupação a implementar o que foi acordado”, disse o comunicado.
Até o momento, o governo de Israel ainda não se pronunciou sobre a recusa do Hamas em aceitar a nova proposta de paz para Gaza.