O presidente da Argentina, Javier Milei, decidiu ignorar o Itamaraty durante sua visita ao Brasil para participar de uma conferência conservadora em Balneário Camboriú (SC), no fim de semana.
Até a manhã da quinta-feira (4/7), Milei não havia feito qualquer comunicação formal sobre a viagem ao Ministério das Relações Exteriores de Lula, a quem o argentino tem reforçado as críticas nos últimos dias.
O único contato do time de Milei com autoridades federais até agora foi um pedido de autorização à Força Aérea Brasileira (FAB) para sobrevoo e pouso no aeroporto da capital Florianópolis.
Para apoio logísitico e operacional durante a viagem, o presidente argetino acionou diretamente o governo de Santa Cataria, atualmente comandado pelo governador bolsonarista Jorginho Mello (SC).
Segundo apurou a coluna, o consulado da Argentina no estado acionou a Casa Militar do governo catarinense, que deve dar apoio por meio de veículos e policiais para fazer a segurança de Milei.
Pedido à FAB
O governo Milei pediu autorização à FAB para pousar em Florianópolis na noite do sábado (6/7). A previsão é de que ele pernoite na capital catarinense e só vá para Balneário Camboriú no domingo (7/7).
No pedido à Aeronáutica, segundo apurou a coluna com fontes do governo federal, o presidente argentino informou que deverá retornar a seu país ainda na noite do domingo.
De acordo com fontes da embaixada da Argentina em Brasília, Milei fará uma “visita privada” ao Brasil. Por esse motivo, não há previsão de agendas com Lula ou integrantes do governo federal.
Por outro lado, o chefe da Casa Rosada deverá se reunir com Jair Bolsonaro, com o qual mantém relação próxima. O ex-presidente brasileiro participará do mesmo evento que Milei em Balneário Camboriú.