Hospital Português é alvo de invasão hacker e pacientes ficam sem acesso a resultados de exames e histórico de atendimentos

Há uma semana, uma das maiores unidades da rede particular de saúde do Recife está com todos os serviços funcionando de forma manual, segundo funcionários e visitantes. Real Hospital Português fica no Centro do Recife
Reprodução/Google Street View
Uma das maiores unidades de saúde particular do Recife, o Real Hospital Português, no bairro do Paissandu, foi alvo de uma invasão hacker que afetou o sistema eletrônico do local. Ao g1, funcionários e pacientes contaram que estão sem acesso a resultados de exames e ao histórico de atendimentos desde que o ataque começou, há uma semana. A Polícia Civil investiga o caso.
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Segundo informações apuradas pela TV Globo, a invasão aos sistemas do hospital aconteceu no 29 de agosto, atingindo um servidor da administração do hospital, que se conecta a outros computadores por onde circulam informações sobre pacientes e sobre o sistema de segurança da unidade hospitalar.
Procurado, o Real Hospital Português disse que sofreu um “incidente de segurança cibernética” e que continua funcionando normalmente (veja resposta abaixo).
Um paciente, que pediu para não ser identificado, disse ao g1 que a esposa dele está se tratando de enxaqueca e que, desde a última sexta-feira (30), aguarda o resultado de uma ressonância magnética, feita no dia 17 de agosto.
Segundo ele, na última vez em que o casal foi ao hospital, no fim da semana passada, todos os serviços do local estavam sendo realizados de forma manual e também as catracas de controle de entrada e saída estavam sem funcionar.
“Quando chegamos à sala do exame, todo mundo falava que todos os setores do hospital estavam sem sistema. Conversei com uma enfermeira e ela disse: ‘Desde ontem [quinta, 29] está assim’. Se desde ontem estava assim, não era um problema de máquina. Até porque, se um hospital tiver um sistema de grande porte, foi ataque hacker. Ela disse: ‘Estão falando nisso'”, contou.
Sem o resultado da ressonância, a mulher não pode fazer o procedimento indicado pelo médico. “Nem o cartão do plano a gente conseguiu passar. Precisava fazer o procedimento na segunda-feira (2) e, até agora, não concluiu. Ele [o médico] precisa ver a ressonância”, afirmou.
Em entrevista ao g1, um funcionário do hospital, que também pediu para não ser identificado, contou que a invasão cibernética afetou as câmeras de segurança do local. De acordo com ele, um aparelho de ultrassonografia foi furtado da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) coronariana durante o fim de semana.
“A gente está fazendo tudo manual, onde há muitos anos isso não existia. Existe, teoricamente, uma contingência em que seria possível trabalhar numa eventualidade de o sistema sair do ar. Mas não de uma maneira tão geral. Então, a gente tem dificuldade até de resgatar exames de pacientes, porque não tem mais acesso ao sistema”, disse.
A Polícia Civil informou que está investigando o caso, registrado como “invasão de dispositivo informático”. Segundo a corporação, um inquérito foi aberto pela Delegacia de Repressão aos Crimes Cibernéticos.
No dia 30 de agosto, o Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) publicou no site um informe para os funcionários, da Secretaria de Autogestão em Saúde, no qual esclarece que recebeu do Hospital Português a informação de que a unidade sofreu um “problema de inconsistência” nos dispositivos de informática.
A falha, segundo o tribunal, impactou diretamente as operações do hospital e gerou dificuldades na gestão de alguns processos, em especial os de autorização e transmissão de arquivos.
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O que diz o Hospital Português
Procurado, o Real Hospital Português enviou uma nota informando que:
Sofreu um “incidente de segurança cibernética”, que foi interrompido pelas equipes técnicas da empresa;
Desde o primeiro momento, “tem tomado todas as medidas técnicas e administrativas necessárias” para atenuar os efeitos desse incidente;
Apesar do ocorrido, a unidade continua a operar normalmente.
Até a última atualização desta reportagem, o hospital não respondeu aos seguintes questionamentos enviados pelo g1:
Quais medidas estão sendo tomadas para atenuar os danos e para corrigir o problema?
Há previsão de retorno à normalidade? Para quando?
O hacker foi identificado? Fez alguma solicitação à empresa? Qual?
Pacientes falam que há atraso na entrega de exames e que estão sem acesso às informações sobre o histórico de atendimentos no hospital. Estão sendo feitas transferências para outras unidades? Há um plano para diminuir os transtornos sofridos pelos pacientes?
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