Centro de Operações Rio vai alertar o carioca quando houver aumento nos termômetros. Grandes eventos poderão ser cancelados em situações extremas. Rio passa a alertar sobre ondas de calor e prevê cancelar grandes eventos nas mais intensas
A Prefeitura do Rio de Janeiro escolheu 50 nomes para batizar ondas de calor extremas a caminho da cidade. Nas mais intensas, grandes eventos — como shows — poderão ser cancelados. A medida consta do protocolo a ser seguido diante de altas temperaturas, anunciado na semana passada por Eduardo Paes (PSD).
Para saber se seu nome foi “contemplado”, basta consultar abaixo. São 10 nomes por ano, definidos até 2028.
A lista vai de A até Y. A 1ª onda de calor de 2024, que ainda não tem data para chegar, vai se chamar Ian.
Amanhecer no RJ
Reprodução/TV Globo
Normas das ondas de calor
Uma onda de calor ganhará um nome preestabelecido se atender a essas 3 condições:
A temperatura prevista chegar a 44°C (ou passar disso);
A máxima durar ao menos 2 horas do dia;
A massa de ar quente agir por 3 dias ou mais.
Os avisos de calorão serão incorporados aos estágios operacionais da cidade, que há anos orientam os cariocas e os serviços públicos em situações de chuva intensa ou em incidentes.
Assim como na escala de 1 a 5 adotada pelo Centro de Operações, a “fornalha” será classificada em 5 Níveis de Calor (ou NCs, na sigla), e para cada um haverá instruções. A morte de uma fã por hipotermia durante o show de Taylor Swift no Engenhão, em novembro, foi uma das razões para a criação dessa norma.
O NC1 é quando não há previsão de calor intenso. O NC2 já considera temperaturas altas, mas por um período inferior a 3 dias.
“Quando percebermos que tem um nível de calor muito alto e com uma previsão de permanência de pelo menos 3 dias consecutivos, começa a ter um impacto na saúde”, afirmou o prefeito Eduardo Paes. Este é o NC3, que prevê ações de comunicação.
O NC4 e o NC5 podem mexer com a rotina da cidade, pois a máxima provavelmente passará dos 40°C. Não só eventos podem ser cancelados, mas também trabalhos ao ar livre devem ser suspensos.
Modelo norte-americano
Há 70 anos, o Serviço Meteorológico dos EUA batiza toda tempestade — que pode ou não se torna um furacão — em uma lista rotativa de 21 nomes, que vão de A até W.
Esta semana, o Furacão Beryl está causando morte e destruição no Caribe. Já são 11 óbitos, e o fenômeno vem ganhando força, ao contrário do que indicavam os prognósticos.
Nesta sexta-feira (5), Beryl tocou o solo mexicano por Cozumel e Cancún com ventos que podem chegar a 185 km/h. A rota prevista vai até o Texas.
Nas tormentas mais devastadoras, o nome é retirado da lista — como ocorreu com o Katrina, que em 2005 deixou Nova Orleans debaixo d’água.
