Durante quase quatro horas e meia, Putin respondeu a perguntas de repórteres e da população. Putin concede entrevista tradicional de fim de ano a jornalistas
Imagem: TV Globo
O presidente da Rússia concedeu nesta quinta-feira (19) uma entrevista coletiva à imprensa — como costuma fazer no fim do ano. E voltou a falar em armas nucleares num tom de ameaça.
Quando perguntaram a Vladimir Putin se ele faria tudo de novo na Ucrânia, ele respondeu: “Teria começado antes”
Ele procurou apresentar certezas sobre a guerra na entrevista coletiva de fim de ano. Uma tradição do seu governo.
Durante quase quatro horas e meia, Putin respondeu a perguntas de repórteres e da população. Mais de um milhão, segundo o Kremlin. Putin respondeu 67.
Sobre a queda de seu aliado, o ditador sírio Bashar al-Assad, Putin disse que ainda não esteve com ele desde que Assad fugiu para a Rússia. As pessoas tentam apresentar o que aconteceu na Síria como uma derrota para nós, mas não foi o caso, minimizou o presidente russo.
Putin disse que a economia é estável, que o PIB russo deve crescer até 4% este ano, e que é a inflação de quase dois dígitos que o preocupa.
Mas não comentou sobre as taxas de juros de 23% e nem dos efeitos das sanções do Ocidente, por causa da invasão da Ucrânia.
Disse que a Rússia ganha terreno diariamente, muito próxima de atingir os objetivos principais da guerra, que já dura quase 3 anos.
Exaltou o novo míssil hipersônico Oreshnik, que ele afirma que não pode ser abatido por nenhuma bateria antiaérea tradicional. E desafiou o Ocidente para um duelo.
“Escolham um alvo em Kiev. Concentrem todas as suas forças de defesa aérea e nós atacaremos com o Oreshnik para ver o que acontece. Nós estamos prontos, será que o outro lado está?”, provoca o presidente russo.
Putin voltou a dizer que considera que teria o direito de usar armas nucleares caso outros países com esse arsenal, ou seus aliados, representem uma ameaça à soberania ou à existência da Rússia.
A um jornalista americano, no entanto, disse que está pronto para negociar a paz – até com o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
Sobre um possível cessar-fogo, Putin disse que isso reforçaria o inimigo. E afirmou que o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky não seria um interlocutor legítimo para uma negociação de paz, porque o mandato dele já venceu.
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