Consultas pré-operatórias iniciaram no dia 18 de junho, e demais cirurgias devem ser feitas no mês de julho. A agricultora Suhelen Pessoa, que precisou retirar a mama em 2020, diz que enfrentou tratamento com coragem, mas que é importante também cuidar da autoestima. Suhelen Pessoa, de 42 anos, descobriu câncer em 2019, e em 2020 precisou retirar a mama
Reprodução/Rede Amazônica Acre
Lançado no mês de junho, o programa Opera Mama já atendeu cinco mulheres na Fundação Hospital Estadual do Acre (Fundhacre) com procedimentos de reconstrução da mama.
Para prestar assistência às mulheres que perderam suas mamas, devolvendo-lhes não apenas a autoestima, mas também a dignidade e a qualidade de vida, o programa Opera Mama, tem a previsão de operar, em um primeiro momento, 29 mulheres e já adquiriu as primeiras 19 próteses.
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A reconstrução de mama é um procedimento cirúrgico que devolve confiança e esperança a muitas mulheres após a mastectomia. Além de restaurar a forma física, essa cirurgia tem um impacto profundo na autoestima e no bem-estar emocional, ajudando as pacientes a se sentirem completas novamente.
É um passo importante na jornada de recuperação e superação do câncer de mama. A agricultora Suhelen Pessoa, de 42 anos, mora no município de Capixaba e descobriu um câncer há cinco anos enquanto tomava banho. A descoberta aconteceu em 2019 e em 2020 ela precisou fazer a cirurgia da retirada da mama e o esvaziamento da axila.
O processo não foi fácil. Ela precisou fazer 8 sessões de quimioterapia, depois foi encaminhada a Porto Velho, em Rondônia, para mais 25 sessões de radioterapia e agora está em acompanhamento de 3 em 3 meses. O primeiro momento da descoberta foi um baque, mas depois a agricultora encarou a situação de forma tranquila.
“No primeiro momento eu fiquei bem abalada. Mas depois levei de boa, tranquilo mesmo. Fui bem atendida no Unacon, como até hoje sou. Eu não me abalo assim fácil, eu sou bem firme. Eu não sou de me abalar muito. Ele [médico] falou: ‘vamos ter que retirar a sua mama, porque o nódulo é muito grande e está muito enraizado, por isso vai ser retirada toda’. E foi tranquilo”, relembra.
A agricultora já passou por mais uma etapa do procedimento para a reconstrução e fez o enxerto de pele para receber a prótese posteriormente. Casada há 23 anos, Suhellen diz que seu marido a apoiou em todos os momentos e mesmo precisando tomar remédios pelos próximos 5 anos, diz que o importante é ficar curada.
“Ficar curada era o mais importante, a estética depois a gente vai conseguindo aos poucos”, acrescenta.
De acordo com a presidente da Fundhacre, Ana Betriz Sousa, as pacientes recebem acompanhamento durante todo tratamento e em todas as fases dessa evolução.
“A gente tem um caso de uma paciente de 16 anos, até outras idades, então a gente tá acompanhando no pré-operatório. Na semana passada já operamos cinco e a gente vai acompanhar todas no pós-operatório com os médicos que operaram”, explica.
Para quem enfrenta uma situação semelhante, Suhelen deixa uma mensagem de força e coragem durante o processo de tratamento.
“Quem estiver passando por isso, tenha força, que dá tudo certo”, finaliza.
Programa devolve autoestima para mulheres que tiveram câncer de mama
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