Dentro das malas, notebooks e outros dispositivos densos podem obstruir a leitura dos scanners ou mascarar itens proibidos, como líquidos ou objetos metálicos; entenda o motivo Retirar o notebook de dentro da mala ao passar pelos scanners é um procedimento padrão em aeroportos ao redor do mundo. Antes do embarque, é preciso remover o equipamento da bolsa devido à densidade de seus componentes, que tendem a dificultar a leitura clara das imagens no raio-x. Logo, ao serem deixados dentro das mochilas, os laptops poderiam obstruir ou mascarar itens proibidos, como líquidos ou objetos metálicos, e comprometer a segurança dos voos.
Após os ataques de 11 de setembro de 2001, a fiscalização em aeroportos tornou-se mais rigorosa, com inspeções desenvolvidas para prevenir ameaças. A preocupação com aparelhos de alta densidade é justamente uma dessas medidas adotadas depois da data. Confira, a seguir, por que é necessário tirar o notebook da mala no aeroporto.
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Notebooks devem passar pelo raio-x fora da mala
Reprodução/Simple Flying
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Veja os tópicos que serão abordados na matéria:
Como os scanners dos aeroportos funcionam?
Por que preciso tirar o notebook da mala?
11 de setembro intensificou a fiscalização
Por que dispositivos com bateria de lítio devem ir apenas na bagagem de mão?
O que acontece se não retirar o notebook da mala?
Tendências para o futuro
1. Como os scanners dos aeroportos funcionam?
Os scanners de bagagens nos aeroportos funcionam emitindo feixes de raio-x, que atravessam os objetos dentro das malas, permitindo inspecioná-los sem a necessidade de abrir a bolsa. Entretanto, materiais mais densos, como metais, têm a capacidade de bloquear a radiação, aparecendo em tons mais escuros nas imagens geradas.
Por outro lado, itens menos densos, como tecidos ou plásticos, permitem maior passagem dos raios e aparecem em tons mais claros. Os raios-x que atravessam a bagagem são captados por sensores e convertidos em imagens digitais, exibidas em uma tela para análise dos agentes de segurança.
2. Por que preciso tirar o notebook da mala?
Retirar o notebook da mala durante a inspeção nos aeroportos é necessário porque o aparelho é composto por materiais de alta densidade atômica, como os metais da carcaça, a bateria de íons de lítio e os demais componentes internos. Esses materiais bloqueiam de maneira significativa os feixes de raio-x emitidos pelos scanners, criando áreas de sombra na imagem.
Essas sombras podem dificultar a identificação de objetos menores ou de outros materiais perigosos escondidos ao redor do notebook, como líquidos, armas ou explosivos. Dessa forma, retirar o notebook permite que ele passe pelo scanner separadamente, garantindo que sua estrutura não interfira na análise detalhada da bagagem.
A lógica também se aplica a outros eletrônicos com baterias, como tablets, smartphones, powerbanks e câmeras. Esses dispositivos também apresentam componentes de alta densidade atômica, incluindo baterias de íons de lítio e estruturas metálicas, que podem bloquear parcial ou completamente os feixes de raio-x durante a inspeção. Separando os dispositivos, os scanners avaliam com maior precisão cada item, garantindo uma inspeção mais segura e ágil.
Filipe Garrett/TechTudo
3. 11 de setembro intensificou a fiscalização
O ataque de 11 de setembro de 2001 foi um atentado terrorista em que quatro aviões comerciais foram sequestrados nos Estados Unidos. As aeronaves foram lançadas contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e o Pentágono, em Washington, DC. Considerado o maior atentado da história dos EUA, o ataque foi responsável por 3.000 mortes.
Com a suspeita que a equipe de sequestradores havia ingressado sem a devida inspeção, os Estados Unidos implementaram medidas rigorosas de segurança aeroportuária, como o uso de scanners corporais, inspeção mais detalhada de bagagens e restrições no transporte de líquidos. Essas práticas foram rapidamente adotadas por outros países, resultando em um padrão global de maior controle em aeroportos.
4. Por que dispositivos com bateria de lítio devem ir apenas na bagagem de mão?
Baterias de lítio devem ser transportadas na bagagem de mão porque esses componentes apresentam risco de superaquecimento, o que pode causar incêndios ou explosões em casos raros, especialmente se estiverem danificadas ou com defeito. No compartimento de bagagem despachada, os sistemas de detecção e controle de incêndio são menos acessíveis e eficientes durante o voo.
No Brasil, seguindo a determinação da Organização de Aviação Civil Internacional (OACI), a proibição somente alcança as baterias sobressalentes, que devem ser levadas na bagagem de mão. Sendo assim, é possível despachar esse tipo de bateria desde que ela esteja instalada no dispositivo.
Bateria de íon-lítio para notebooks, o Li-Ion
Wikimedia Commons
5. O que acontece se não retirar o notebook da mala?
Conforme resolução n.º 515 da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), o objetivo dos procedimentos de inspeção de segurança é prevenir que objetos perigosos como armas, explosivos, agentes químicos e demais materiais proibidos sejam introduzidos às áreas restritas ou a bordo de aeronaves. Sendo assim, o passageiro que se recusar a se submeter a tais procedimentos — como retirar o notebook da bagagem de mão para inspeção — deverá ter negado o seu acesso à sala de embarque. Além disso, o Agente de Proteção da Aviação Civil (APAC) deverá acionar o órgão de segurança pública responsável pelas atividades de polícia no aeroporto para avaliar a situação.
6. Tendências para o futuro
Os scanners modernos de bagagem de mão utilizam tecnologia de tomografia computadorizada (TC) para gerar imagens tridimensionais, permitindo que os agentes de segurança visualizem os itens de vários ângulos sem a necessidade de abrir a mala. Diferentemente dos scanners tradicionais, que geram imagens bidimensionais, essa tecnologia permite uma análise mais precisa, distinguindo materiais com uma clareza maior.
Entre os principais benefícios está a redução do tempo de inspeção, já que muitos objetos, como líquidos e dispositivos eletrônicos, podem permanecer dentro das malas, eliminando a necessidade de removê-los. Além disso, a análise em múltiplos ângulos promete melhorar significativamente a detecção de ameaças ocultas, aumentando a segurança sem comprometer a eficiência no processamento de passageiros. Nos Estados Unidos, já existem diversos aeroportos que adotaram a tecnologia.
Com informações de Simpleflying, Huffpost, CNN Travel
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