Ações de diversas empresas ao redor do mundo estão em forte queda nesta sexta-feira (2). Como exemplo, a Intel, famosa por seus processadores, caiu cerca de 30%, já a Amazon, também americana, outros 12%.
Um dos motivos associado a queda é o medo de uma recessão devido aos juros altos nos EUA. Isso porque dados de emprego mostraram um crescimento muito abaixo do esperado no país, gerando apenas 114 mil vagas das 176 mil projetadas.
De qualquer forma, a crise nas ações também afetou o Japão. O Nikkei 225, índice que reúne 225 empresas do país, opera em queda de 5,8% seguido do aumento dos juros pelo Banco Central japonês na quarta-feira (31).
A crise pode ser vista em todos os setores, incluindo nomes famosos como Sony (-6,6%) e Toyota (4,2%), das áreas de eletrônicos e veículos. O setor bancário apresenta perdas de dois dígitos percentuais nos papéis da Mitshubishi UFJ, Sumitomo Mitsui e Mizuho.
Ações japonesas em forte queda após Banco Central elevar a taxa de juros nesta semana. Fonte: Moomoo.
Nos EUA, gigantes do setor financeiro tradicional seguem o mesmo caminho. American Express, Wells Fargo, Morgan Stanley, Bank of America e JPMorgan Chase aparecem com os piores desempenho do dia. As quedas variam entre 5 a 7% após uma breve retomada.
Conforme o último ciclo de alta do Bitcoin começou após uma crise bancária, esses números podem dar ânimo aos touros da criptomoeda.
Bancos americanos estão entre as principais ações em queda no mundo nesta sexta-feira (2). Fonte: 8marketcap.
Índices das bolsas de Londres, Paris, Hong Kong e Xangai acompanham o movimento. No Brasil, o Ibovespa cai 1,1% no momento desta redação.
Bitcoin aparece como um porto-seguro entre investidores
Embora muitos critiquem o Bitcoin por acompanhar movimentos da indústria tradicional, hoje a criptomoeda encontrou um bom suporte na região dos US$ 63.000, operando estático enquanto ações despencam mundo à fora.
Bitcoin passou por queda na semana, mas não foi afetado pelo mercado tradicional nesta sexta-feira (2). Fonte: CoinMarketCap.
Outro motivo para acreditar na força do Bitcoin é que isso acontece apesar de uma grande pressão vendedora nesta semana. Afinal, a Mt. Gox movimentou 33,9 mil bitcoins (R$ 12,3 bilhões) na terça-feira (28) e a Genesis outros 25 mil bitcoins (R$ 9 bilhões) nesta sexta-feira (2).
A narrativa que está fortalecendo o Bitcoin envolve a taxa de juros americana. Isso porque o medo de uma recessão tende a pressionar o Fed para ser mais rápido em seus cortes.
Enquanto previsões anteriores apontavam para um a dois cortes em 2024, agora o mercado está prevendo três, incluindo um de 0,5%.
Temendo recessão, mercado aponta que Fed pode realizar cortes totais de 1% até o final de 2024. Fonte: FedWatchTool.
Além de acelerar a economia, isso também enfraqueceria o dólar frente a outras moedas, especialmente o iene japonês, afinal o BC do Japão está indo na contramão do mundo.
Sendo assim, investidores tendem a incluir ativos de risco como o Bitcoin em seus portfólios. Isso inclui os clientes do Morgan Stanley, que passarão a receber recomendações de investimento em ETFs de Bitcoin a partir da próxima semana.
Por fim, enquanto bolsas ficam fechadas no final de semana, o Bitcoin deve servir como um termômetro sobre a confiança dos investidores em relação à economia global. Portanto, os próximos dois dias podem voláteis.
Fonte: Ações desabam ao redor do mundo, mas Bitcoin encontra suporte e aparece como opção
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