São Paulo — O contrato de concessão da Rodovia Raposo Tavares e da Rota Sorocabana, aprovado nessa quarta-feira (3/7) pelo governo de São Paulo, prevê um novo pedágio, construção de pistas marginais e obras para reduzir acidentes.
Os dois projetos, do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado de São Paulo (PPI-SP), abrangem 553 quilômetros de rodovias localizadas na região Sudoeste do Estado.
Pelo edital, é previsto um pedágio na altura do km 11 da Raposo, região do Butantã, zona oeste de São Paulo. Segundo o governo, a praça de cobrança ficará na via expressa, o que permite que motoristas que não queiram pagar possam seguir caminho pelas laterais da pista.
Além disso, há a previsão de construção de 50 km de pistas marginais ao longo do trecho urbano da Raposo Tavares e de 20 km de quartas faixas para ampliar a capacidade do tráfego.
Ainda é previsto um túnel na chegada de São Paulo até a Marginal Pinheiros, com três viadutos para desafogar o trânsito.
Serviços como atendimento por equipes de socorro mecânico, guincho, primeiros socorros e monitoramento das rodovias por sistemas de câmeras também são citados.
De acordo com o governo, os investimentos devem gerar mais de 18,5 mil empregos diretos e indiretos.
“Nova Raposo Não”
Engenheiros, moradores e comerciantes das margens da rodovia contrários ao edital aprovado se organizaram em um movimento chamado “Nova Raposo Não”.
Os integrantes afirmam que as obras não respeitam as diretrizes do Estatuto da Cidade, além de trazer à tona a possibilidade das obras gerarem desapropriações, incluindo áreas de proteção ambiental e de contenção de enchentes.
