Os líderes do Mercosul firmaram, nesta sexta-feira (6/12), o acordo comercial entre o bloco latino-americano e a União Europeia (UE), em cúpula de líderes do Mercosul, no Uruguai, após mais de 20 anos de negociação. A presidente da UE, Úrsula von der Leyen, afirmou que o acordo “marca o início de uma nova história”.
“Concluímos as negociações para o acordo UE-Mercosul. Ele marca o início de uma nova história. Agora, estou ansiosa para discuti-lo com os países da UE. Este acordo funcionará para pessoas e empresas. Mais empregos. Mais escolhas. Prosperidade compartilhada”, escreveu Úrsula em sua conta do X.
A presidente da União Europeia, ainda, destacou que “este acordo é uma vitória para a Europa”.
“(São) 30.000 pequenas empresas europeias (que) já estão exportando para o Mercosul. Muitas outras seguirão. A UE-Mercosul reflete nossos valores e compromisso com a ação climática. E nossos padrões de saúde e alimentação permanecem intocáveis ”, escreveu Úrsula.
Resistência francesa
O maior obstáculo para o estabelecimento do acordo era o setor de agricultura na Europa, em especial na França, que teme perder dinheiro e espaço com a cooperação do Mercosul.
A discussão foi reaquecida após as falas do diretor do Carrefour e de um deputado francês contra a carne do bloco latino-americano, principalmente a brasileira. Mesmo com a resistência francesa, o Palácio do Planalto e o Itamaraty sempre mostraram otimismo para firmar o contrato neste ano.
“Se os franceses não quiserem o acordo, eles não apitam mais nada, quem apita é a Comissão Europeia. E a Ursula von der Leyen [presidente da Comissão Europeia] tem procuração para fazer o acordo, e eu pretendo assinar esse acordo este ano ainda. Tirar isso da minha pauta”, comentou Lula na última semana.