Thierry Takeda, de Avaré (SP), é fotógrafo, maquiador, stylist e Drag Queen. Seus vídeos nas redes socias somam mais de 3 milhões de curtidas. Drag queen de Avaré viraliza com vídeos de maquiagem e moda nas redes sociais
Desde composições de looks a dicas de como definir o côncavo, a drag queen de Avaré, no interior de São Paulo, Thierry Takeda, não só cria vídeos elegantes mas também artísticos, que acumulam mais de 3 milhões de curtidas nas redes socias. O modo calmo e didático em explicar as composições de look e maquiagem é o diferencial do influencer.
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Thierry tem 38 anos e é fotógrafo, maquiador, stylist e drag queen. Foi criando vídeos com a sua personagem que conquistou notoriedade entre os internautas e os amantes de moda.
O artista já estudou em outras cidades, tem experiência com publicidade e agências de moda, mas voltou para o interior e ingressou em 2012 na equipe do Grupo Tomaládácá de Teatro de Avaré, criando o figurino e a maquiagem dos atores. Foi a partir desta época, que ele “pegou o gosto” para criar personagens.
Os vídeos dele normalmente começam com a drag escolhendo o look do dia, os calçados e em seguida preparando as perucas, a maquiagem, colocando os acessórios “de sempre”, como Thierry os chama, e termina com a colagem das unhas postiças e a visualização da montagem completa. (Veja alguns vídeos de Thierry acima)
Thierry Takeda cria diferentes looks para as redes socias em Avaré (SP)
Reprodução/Instagram
O que começou em 2021 apenas como uma forma de aprender a editar e a trabalhar com a linguagem de vídeo para internet, se tornou a principal fonte de renda do artista. Hoje, Thierry publica seus vídeos no Tik Tok e no Instagram e possui uma legião de fãs.
Ao g1, ele contou que jamais imaginou que alcançaria um público tão grande, principalmente por estar em uma fase difícil da vida, em que perdeu entes queridos, o gato de estimação e estava desempregado.
“Eu olhei pro lado e eu só tinha essa Drag. Juntei tudo que eu achava relevante pra mostrar num vídeo e postei. Não ia postar no Instagram porque achava mto competitivo lá, mas queria provar que ia dar errado aí postei. Começou a viralizar muito, mas jamais esperava por isso. Quando alcancei 5 mil seguidores achei que ia parar e já estava muito feliz”, conta Thierry.
Thierry Takeda acumula quase 4 milhões de curtidas nas redes sociais
Reprodução/Tik Tok
💄Drag Thierry Takeda
Existem muitas definições para o tipo de arte das drag queens, que estão sempre mudando e se adaptando às tendências do momento, mas elas costumam ser personagens criadas com o intuito de terem uma personalidade feminina e diferente da do artista que a criou.
Elas também costumam fazer performances de dança, música e possuem um nome artístico, como por exemplo, Phabullo Rodrigues da Silva, que é mais conhecido pelo nome da sua drag, Pabllo Vittar, Daniel Garcia, que interpreta Gloria Groove e Guilerme Terreri, que interpreta Rita Von Hunt.
Thierry não conseguiu escolher um nome para sua drag e decidiu que ela também se chamaria Thierry Takeda. A drag surgiu a partir da necessidade do artista de produzir autorretratos, na época, ele estava sem trabalhos e “se utilizava” como modelo.
Thierry “se utilizava” como modelo para fotografias de autorretratos em Avaré (SP)
Arquivo pessoal/Thierry Takeda
“Eu nem considerava ela muito drag queen, porque se você vê uma drag, ela tem múltiplos talentos e a minha senta e tira foto. Quando os vídeos ‘bombaram’, precisava de um nome, e aí veio a pressão e eu não queria nenhum dos que me eram sugeridos. Ela sou de peruca e salto alto. Mas não é uma versão minha, é algo criado pra ter um visual legal”, explica Thierry.
O artista planeja levar a drag para outras plataformas da internet no futuro, mas está esperando ter mais tempo e verba para os novos projetos.
Thierry Takeda, de Avaré (SP), criou sua drag a partir da criação de autorretratos na área de fotografia
Arquivo pessoal/Thierry Takeda
📱’Não gosta de mim? Me bloqueia’
Assim como qualquer pessoa que produz conteúdo para a internet, Thierry está sujeito a encarar comentários ofensivos dos chamados haters – pessoas que usam a internet para disseminar ódio – , mas que são tratados à altura.
“Eu trato como me tratam, acho que a ideia de rede social já quase não existe mais e eu gosto da ideia de comunidade que se forma agora, gosto de ler comentários e responder. Se alguém tem a liberdade de me tacar ‘hate’ eu tenho o direito de contra atacar”, conta Thierry.
O ambiente virtual, para o artista, é apenas um recorte da sua vida, que é a parte profissional, portanto, os comentários de haters são considerados ataques.
Drag queen de Avaré (SP) planeja criar conteúdos para mais redes socias
Arquivo pessoal/Thierry Takeda
“Opinião é gostar de azul ou do rosa, passou disso, é ataque. Ainda mais porque na internet você tem a opção de bloquear, não gosta de mim? Me bloqueia e vida que segue”, destaca.
Thierry trabalha com o que ama, por mais que estava acostumado a atuar nos bastidores das produções com a fotografia, a gravação e o teatro, hoje, sua drag está nos holofotes e conquistando cada vez mais repercussão.
“Acho que posso dizer que se você vai trabalhar com o que ama, você vai trabalhar muito mais. Porque não tem fim, eu sempre quero mais, fazer mais e fazer de uma maneira diferente, finaliza.
Thierry Takeda, com sua drag queen de Avaré (SP), acumula milhões de visualizações no Instagram
Reprodução/Instagram
* Colaborou sob supervisão de Carla Monteiro
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