O ex-presidente do Partido Republicano da Ordem Social (Pros) — legenda incorporada ao Solidariedade em fevereiro — Marcus Vinícius Chaves de Holanda apresentou pedido à Polícia Federal (PF) para que tenha concedida proteção policial a ele e à mãe, de 80 anos.
O documento pede a imediata concessão de proteção, “considerando a gravidade das ameaças e a proximidade dos indivíduos potencialmente perigosos”. “Reitera-se que a situação é de extrema urgência e demanda uma resposta célere e eficaz por parte das autoridades competentes”, destaca.
O pedido tem como como contexto as investigações que culminaram na Operação Fundo do Poço, deflagrada pela PF, e que investiga desvios do Fundo Especial de Financiamento Eleitoral.
Em 12 de junho, a PF cumpriu sete mandados de prisão em São Paulo, em Goiás e no Distrito Federal. Um dos alvos era Eurípedes Júnior, presidente do Solidariedade.
O documento destaca ainda que a ex-esposa de Marcus também é investigada. Trata-se de Liliane de Sousa Dantas, ex-funcionária comissionada da liderança nacional do antigo Pros.
“Liliane de Sousa Dantas, segundo as investigações, teria praticado extorsão contra várias pessoas, incluindo este peticionário, o que aumenta ainda mais o risco de retaliação e perigo de morte”, descreve.
Ameaças
Marcus Holanda diz que já foi alvo de várias ameaças e corre risco de morte. Segundo ele, “aos olhos dos investigados e do réu, as denúncias de Marcus Holanda culminaram na descoberta dessa organização criminosa”.
As investigações policiais que culminaram na operação da PF desta semana começaram por causa de uma briga interna pelo comando do Pros.
Eurípedes não aceitou ser sucedido pelo rival Marcus Holanda, que denunciou esquemas que estavam acontecendo dentro do partido. Os dois disputaram na justiça pelo comando do Pros até agosto de 2022, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) deu causa ganha para Eurípedes.
