Em 2023, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), por cada hora trabalhada, os brasilienses recebem, em média, R$ 28,30. Porém, o estudo aponta que o valor é menor quando a pessoa estudou apenas até o ensino fundamental.
Os trabalhadores com nível básico recebem R$ 11,90 por hora trabalhada. Já aqueles que terminam o ensino superior chegam a receber R$ 47,60 por hora. Os números evidenciam a desigualdade social presente no Distrito Federal.
Ainda segundo o IBGE, no ano passado, 3,8% da população da capital federal, em 2023, viviam com até o valor de ¼ de salário mínimo per capita mensal, ou seja, viviam com R$ 330 por mês. Outros 15,7%, tentavam pagar as contas com até ½ de salário mínimo, valor equivalente a R$ 660.
“Essas proporções estão abaixo do observado em 2012, que apresentava uma concentração maior de pessoas vivendo com até ¼ de salário mínimo per capita (5,8%) e 21,5% com até ½ salário mínimo per capita”, detalha o instituto.
Além disso, entre os 10% com menores rendimentos, 25% eram pessoas brancas e 74,5% pretas ou pardas. Ao se considerar os 10% com maiores rendimentos, a situação se inverteu: 64,1% eram brancos e 35,1% eram pretos ou pardos.
Mesmo com as diferenças, em 2023, a população do Distrito Federal que ocupava algum posto de trabalha recebia, em média, um salário de R$ R$ 3.215. O valor é o maior registrado no DF desde 2015 e manteve a capital do país como a Unidade Federativa com o maior rendimento médio.
Saúde
O estudo do IBGE ainda mostra a situação do DF em relação a profissionais de saúde e leitos disponíveis para a população. Em 2023, a capital do país contava com 12,7 mil médicos, apresentando crescimento de 26,3% em relação a 2019.
Já o número de médicos por 10 mil habitantes, no Distrito Federal, apresentou crescimento de 34,8, em 2019, para 43 em 2023 — o que colocou o DF como a UF com a maior razão de médicos por 10 mil habitantes do país. A mesma situação se repete no caso de enfermeiros e técnicos em enfermagem.
Em relação aos leitos hospitalares, o DF contabilizou 7,7 mil, sendo 4,5 mil leitos de internação do Sistema Único de Saúde (SUS), e 3,2 mil leitos de internação particulares.