A confusão generalizada entre uruguaios e colombianos, que tomou conta das arquibancadas do estádio Bank of América, em Charlotte, na semifinal da Copa América, onde a Colômbia venceu o Uruguai por 1 x 0, ainda está rendendo. E foi assunto da coletiva pré-jogo da disputa do terceiro lugar, da Celeste Olímpica contra o Canadá.
Treinador do Uruguai, Marcelo Bielsa, saiu em defesa dos seus jogadores. Perguntado sobre a confusão, ele lembrou que havia familiares de atletas uruguaios na arquibancada naquele momento. Além disso, o comandante criticou a segurança da competição.
“Estamos nos EUA, um país, entre aspas, de segurança, de prevenção. Se a prevenção falha, o que pode acontecer, havia um recurso da porta de escape (para sair dali). Passaram (dali)? Não passaram”, criticou.
O treinador não gostou dos questionamentos sobre possíveis sanções desportivas em cima dos seus atletas, pois as perguntas, defendeu, incitariam a narrativa do tema voltado para a punição desportiva. Enquanto o enfoque, no entendimento do argentino, deveria ser outro.
“Não se dão conta que se esses jovens não fazem isso teriam sido condenados por nós mesmos. Como não vai defender a sua mãe, sua irmã, a sua mulher, um bebê? A pergunta deveria ter sido aos organizadores. Não estou dizendo quem são, não sei quem são, tenho muito medo das vinganças prometidas, as vinganças desportivas, pois te ameaçam desportivamente. Mas estou dizendo que os organizadores nos disseram: ‘Não podemos defender a sua família’. Essa é a mensagem, não?”
O Uruguai encara o Canadá na disputa pelo terceiro lugar da Copa América, no mesmo estádio Bank of América, em Carlotte, nos Estados Unidos. A partida acontece sábado (13/7), às 19h (horário de Brasília).
