O presidente da Assembleia Legislativa de Roraima, Soldado Sampaio (Republicanos), rompeu com o governador do estado Antonio Denarium (PP), até então um aliado. O representante do Legislativo denunciou um suposto esquema de espionagem no governo e instalou uma crise no cenário político local.
Portais de notícias locais divulgaram denúncias de que o governo estaria utilizando a estrutura da Secretaria de Segurança Pública do Governo de Roraima para espionar políticos. A denúncia levou a reações de parlamentares, embora o governo negue.
O presidente do Legislativo local justificou o rompimento ao afirmar que um dos motivos está relacionado “uso do serviço de inteligência para espionar membros do parlamento estadual, fato este que compromete qualquer relação de fidelidade e de respeito entre parceiros que comungam dos mesmos ideais”.
Soldado Sampaio também declarou que o rompimento está relacionado à “forma desrespeitosa nas composições das pré-candidaturas para as eleições municipais”. Segundo ele, a articulação teria minado sua base política.
A reação também partiu do deputado federal Duda Ramos (MDB-RR) que afirmou que tomará as medidas cabíveis às denúncias após ser indicado como um dos alvos do esquema. Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que se reunirá com a Polícia Federal (PF) e com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para tratar do assunto.
O governador de Roraima, por sua vez, declarou que o rompimento é uma decisão unilateral do deputado.
“Como governador, não é meu desejo romper, nem com o deputado ou com nenhum representante do povo, que nos confiou os votos para administrarmos melhor nosso estado, como venho fazendo há quase 6 anos”, disse.
“Cabe ressaltar que, como Governador de Roraima, mantenho minha parceria de trabalho e compromissos com o desenvolvimento do estado como sempre tive com todos os deputados estaduais. Um clima para se obter pacificação no relacionamento e resultados positivos, sempre pensando na população”, destacou.
O Metrópoles não conseguiu contato com os políticos envolvidos no caso. O espaço segue aberto.