O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) apura denúncias de que agentes da Unidade de Internação de São Sebastião estariam aproveitando os horários de plantão dos funcionários para promover festinhas e surubas regadas a bebidas alcoólicas, com a presença de garotas de programa. As sociais estariam ocorrendo há mais de um mês.
A coluna Na Mira apurou que, dias após uma das festas promovidas pelos agentes, algumas prostitutas voltaram à unidade para cobrar parte do pagamento aos servidores que as teriam contratado. Nesse momento, outros funcionários que não teriam participando da farra descobriram o caso.
“Eles ficavam transando em um módulo aqui da unidade, gemendo alto. Daí, os próprios internos reclamavam e denunciavam a outros agentes”, disse um servidor à coluna.
As surubas estariam ocorrendo neste módulo da unidade:
Punição branda
A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus-DF), responsável pela gestão das unidades de internação do DF, chegou a penalizar sete servidores, conforme consta no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) de 3 de julho deste ano. Os agentes receberiam suspensões de cinco, seis e sete dias, mas a decisão acabou apenas por multar os funcionários em 50% do valor diário trabalhado para cada dia em que eles estariam suspensos.
A reportagem apurou que outros agentes da unidade consideraram a pena branda. “O pessoal levava vinho na caixinha de suco. Além disso, chamar garota de programa [para a unidade] é sacanagem.”
A coluna acionou a Secretaria de Justiça e Cidadania do DF, que não havia se posicionado até a última atualização deste texto.