Assinaram o documento, 78 países. Entre os que não assinaram, estão Índia, México, África do Sul, Arábia Saudita e o Brasil. A Rússia sequer foi convidada para a reunião na Suíça. Rússia rejeita apelo de conferência internacional sobre paz na Ucrânia
O governo da Rússia rejeitou os apelos de uma conferência internacional para acabar com a guerra na Ucrânia.
O porta-voz do presidente russo, Vladimir Putin, disse que os resultados da reunião na Suíça foram insignificantes – perto de zero. Mais do que isso: que o encontro mostrou a futilidade das negociações que não têm a participação da Rússia.
No fim de semana, líderes de mais de 90 países discutiram como acabar com a guerra na Ucrânia. Mas a Rússia sequer foi convidada. O texto final reforçou o direito da Ucrânia à integridade do seu território e condenou a Rússia pelo sofrimento do povo ucraniano e pela destruição da nação vizinha.
O documento fez também um apelo para que o controle de instalações estratégicas, como a usina nuclear de Zaporizhzhia, volte para as autoridades da Ucrânia. Por outro lado, evitou tocar em questões mais sensíveis, como a eventual entrada da Ucrânia na Otan, a Aliança Militar do Ocidente.
Setenta e oito países assinaram o documento – inclusive países menos críticos à Rússia, como Hungria e Turquia. Entre os que não assinaram, estão Índia, México, África do Sul, Arábia Saudita e o Brasil – que participou como observador, representado pela embaixadora na Suíça.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, criticou o Brasil e também a China, que não mandou delegação. Zelensky disse o seguinte:
“Quando o Brasil e a China aderirem aos princípios que nos uniram, países civilizados, ficaremos felizes em ouvir o que eles pensam. Mesmo que, às vezes, isso não esteja alinhado com o que a maioria do mundo pensa”.
O Palácio do Planalto afirmou no domingo (16) que o Brasil acredita que as negociações de paz só serão efetivas quando envolverem os dois lados do conflito. A nota diz que “a paz não pode ser negociada apenas por um lado” e que desde o início o Brasil condenou a agressão da Rússia e tem defendido um cessar-fogo.
O governo ucraniano afirma que não vai negociar diretamente com os russos enquanto eles continuarem agindo como estão agora: impondo condições para a paz. Isolado no Ocidente, Putin vai visitar essa semana um aliado estratégico no campo militar: a Coreia do Norte, do ditador Kim Jong-un.
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