Antes, caso era investigado como homicídio. Câmera de segurança registrou a queda de Yuri Henrique de Castro, de 23 anos às 4h52 do dia 22 de abril. Segundo chefe do DHPP, ele não foi empurrado e prédio estava vazio. O publicitário Yuri Henrique Gabriel Santos de Castro, de 23 anos, encontrado morto no Centro de SP.
Reprodução/Instagram
A Polícia Civil deixou de investigar a morte do publicitário Yuri Henrique de Castro, de 23 anos, como homicídio, depois de analisarem imagens de uma câmera de segurança que mostram o jovem caindo de um prédio de seis andares no Centro de São Paulo. Yuri tinha sido visto pela última vez em sauna gay próxima ao local da queda.
Pelas imagens, é possível ver que Yuri cai nu de um prédio em uma rua na região da Santa Ifigênia, região central de São Paulo, às 4h52 do dia 22 de abril.
Segundo a delegada Ivalda Aleixo, chefe do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), ele caiu do prédio de seis andares, de cerca de dez metros de altura e não teria sido empurrado. Isso porque, ainda de acordo com Ivalda, o local é um comércio e estava vazio. Uma perícia foi realizada no prédio e o inquérito ainda não foi concluído.
Com isso, a polícia descartou homicídio e suicídio e agora trabalha com a hipótese de morte acidental. A investigação segue em andamento.
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A polícia também colheu dezenas de depoimentos e realizou busca e apreensão no Hotel Chilli, a sauna gay no Largo do Arouche, onde Yuri tinha sido visto pela última vez. Os investigadores pediram ainda perícias necroscópicas –toxicológica, alcoólica e sexológica.
No dia 22 de abril, Yuri tinha ido com um amigo à sauna gay do Hotel Chilli, no Largo do Arouche. Segundo testemunhas ouvidas pela investigação, os dois não conseguiram pagar a conta da hospedagem por causa de problemas nos cartões bancários.
Ainda de acordo com a polícia, o amigo de Yuri contou que saiu para pegar dinheiro e quando voltou ao hotel para pagar a conta, o publicitário não estava mais no lugar. Ele teria tido um surto e deixado o hotel sem acertar o valor da despesa.
Politraumatismo
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) concluiu que Yuri morreu de politraumatismo.
“Laudo analisado pela autoridade policial definiu a causa da morte como politraumatismo”, informa nota da pasta da Segurança Pública. “Exames periciais complementares foram solicitados e estão sendo elaborados.”
Yuri só foi encontrado novamente no dia 23, quando foi resgatado por uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) a 600 metros do hotel, numa rua da região da Santa Ifigência.
O publicitário foi levado para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Vergueiro, na Zona Sul, onde não resistiu e morreu. Segundo o boletim de ocorrência, ele teve “hipoxemia” (falta de oxigênio no sangue) e “choque hipovolêmico” (perda, em grande quantidade, de líquidos e sangue). :
O publicitário Yuri Henrique Gabriel Santos de Castro, de 23 anos, encontrado morto no Centro de SP.
Reprodução/Instagram
O que dizem amigo e família
O amigo contou à polícia que saiu do hotel para buscar dinheiro e deixou um celular como garantia. Mas quando retornou, Yuri já não estava no local.
Ele disse ainda que seguranças do estabelecimento estavam recolhendo os pertences do publicitário, afirmando que o jovem teria “dado fuga” e deixado tudo para trás.
“Ele [amigo] deu essa versão, que o Yuri saiu correndo, os seguranças foram atrás, trouxeram ele de volta e logo em seguida ele fugiu de novo. Só que é muito ilógico, como é que você, segurança deixa uma pessoa fugir duas vezes, do mesmo local? Tem muitas pontas soltas, ninguém sai correndo nu no meio da rua, desaparece e aparece morto”, afirmou Larissa Cristine Santos de Castro, irmã de Yuri.
Na terça-feira (23), quando o pai de Yuri procurou o hotel, ele foi informado que o jovem teve um surto psicótico.
“A versão data pelo hotel é que meu filho havia surtado. Primeiramente que saiu para fumar, mas meu filho não fumava. Disseram que quando ele saiu na área de fumante, se evadiu e correu em direção ao Terminal Amaral Gurgel. Os seguranças foram atrás dele e trouxeram ele de volta”, disse Marco Antonio.
O rapaz estava sendo procurado pela família, por meio das redes sociais, desde o dia 23, quando o pai registrou boletim de ocorrência sobre o desaparecimento do jovem numa delegacia.
O corpo do publicitário foi enterrado no dia 27 de abril num cemitério da capital.
O que diz o hotel
Comunicado do Hotel Chilli, no Centro de São Paulo.
Reprodução
Segundo Douglas Drumond, responsável pelo hotel, Yuri era frequentador assíduo do local, conhecido como uma sauna gay.
Ao g1, o proprietário afirmou que às 4h25 de segunda Yuri relatou a funcionários que estava sendo perseguido dentro do hotel. Ele pediu a conta, para ir embora, mas não tinha dinheiro para pagá-la.
Neste momento, pediu para fumar em uma área aberta e, enquanto o segurança revistava um outro cliente, o publicitário saiu correndo em direção ao Terminal Amaral Gurgel. O funcionário foi atrás do rapaz, segundo relato do dono do estabelecimento.
“Ninguém agrediu ele. Ele [segurança] segurou ele [Yuri] pelo pescoço, porque ele precisava voltar para o hotel. Ele estava de roupão no meio da rua”, alegou Drumond. “[O segurança] segurou ele pelo braço, segurou ele pelo pescoço, para poder trazer de volta para o hotel.”
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