O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, pediu a inclusão de envolvidos nos ataques de 8 de janeiro na difusão vermelha da Interpol. A demanda enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF) ocorre após reportagem do UOL revelar que condenados pelo vandalismo do dia 8 teriam quebrado as tornozelerias eletrônicas e fugido do país.
Ao menos 51 pessoas, segundo a reportagem, têm mandados de prisão em aberto ou fugiram após quebrar as tornolezeiras eletrônicas. A lista inclui, por exemplo, Luiz Fernandes Venâncio, que teria fugido para a Argentina e chegou a postar um vídeo em que aparece em frente à Casa Rosada, sede do governo argentino.
De acordo com o UOL, deste grupo, 10 militantes bolsonaristas fugiram para o exterior neste ano pelas fronteiras de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os principais destinos deles foram a Argentina e o Uruguai.
A difusão na lista vermelha da Interpol possibilita a prisão da pessoa que se encontra em país estrangeiro e contra a qual existe mandado de prisão expedido por autoridade brasileira.
Pelas leis brasileiras, a destruição da tornozeleira e a fuga não aumentam a punição, mas o fugitivo perde o direito ao regime aberto e volta ao semiaberto ou fechado. Facilitar a fuga é crime punível com 5 meses a 2 anos de detenção.