São Paulo — O prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato à reeleição na capital paulista, atacou o adversário Guilherme Boulos (PSol) no debate promovido pela TV Record/Estadão na noite deste sábado (19/10), criticando uma análise feita por integrante do partido do psolista que chamava de “santo apagão” o blecaute que deixou milhares de pessoas em energia elétrica na semana passada, dado o impacto negativo na imagem do prefeito.
Revelada pelo Metrópoles, a mensagem que falava em “santo apagão” foi distribuída por WhatsApp a integrantes da campanha de Boulos, que nega qualquer relação com o conteúdo.
Nunes trouxe o tema ao debate após uma pergunta da jornalista da Record, Christina Lemos, que questionou como funcionaria, na prática, a intervenção defendida por Nunes na Enel, empresa privada responsável pela distribuição de energia na cidade, que vem sendo responsabilizada pelo apagão ocorrido após temporal no dia 11 de outubro.
“É o governo federal quem pode fazer a intervenção”, disse Nunes, após citar a mensagem em que o integrante do PSol disse que uma nova tempestade “seria bem-vinda” para ajudar Boulos a virar o jogo no segundo turno — segundo o Datafolha, Nunes tem 51% das intenções de voto, contra 33% de Boulos.
Boulos classificou como “indignante o nível de mentira” de Nunes e passou a lembrar de casos em que ele foi alvo de acusações falsas, como o laudo produzido por Pablo Marçal (PRTB) — não citado diretamente — que dizia que Boulos havia tido um surto por uso excessivo de drogas.
O debate da TV Record/Estadão foi o segundo confronto direto entre Nunes e Boulos neste segundo turno das eleições. O primeiro ocorreu na última segunda-feira (14/10), organizado pela Rede Bandeirantes.
Boulos participou ainda de duas sabatinas, uma na rádio CBN e outra na RedeTV!, que haviam sido organizadas como debates, mas às quais Nunes não compareceu.
Na última pesquisa Datafolha sobre as eleições na capital paulista, divulgada na quinta-feira (17/10), Nunes apareceu com 51% das intenções de voto, contra 33% para Boulos.
