MPSP denuncia GCMs suspeitos de extorquir comerciantes na Cracolândia

São Paulo — O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou, nesta quinta-feira (15/8), quatro dos guardas municipais investigados por supostamente extorquir comerciantes e moradores da região da Cracolândia, no centro de São Paulo, em troca de segurança.

De acordo com o MPSP, investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) apontaram que os denunciados exigiam, “de forma indevida”, dinheiro de empresários como uma “taxa de proteção” contra eventuais ataques de dependentes químicos da região.

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Grupo é suspeito de cobrar por segurança

Rafaela Felicciano/Metrópoles

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O GCM Elisson Assis foi afastado da corporação sob suspeita de liderar um grupo que cobra ilegalmente por segurança no centro de SP

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Guarda abriu empresa de segurança e monitoramento

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Fluxos na Cracolândia eram alterados após pagamento de taxa de proteção

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Dependentes químicos se concentram em fluxo, perto da Rua Guaianases, no centro de SP

Alfredo Henrique/Metrópoles

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Peças de computador recuperadas em bueiros na Cracolândia

Divulgação/GCM/Facebook

 

A investigação encontrou uma lista de pagamentos feitos pelas empresas aos GCMs. Nela havia indicação de data limite para que o depósito do dinheiro fosse feito.

Em uma das contas financeiras analisadas, o Gaeco constatou a movimentação de mais de R$ 240 mil.

Os promotores responsáveis pelo caso também obtiveram um áudio que dizia que caso algo acontecesse com algum dos comerciantes pagantes, 18 guardas civis seriam imediatamente destacados para fazer a segurança do local, o que, segundo o órgão, revelou a prestação de serviços de segurança privada durante o plantão do serviço público.

Os quatro denunciados também responderão por crimes de lavagem de dinheiro.

Ao todo, sete GCMs são investigados pelo Ministério Público desde o ano passado. São eles: Elisson de Assis, Antônio Carlos Amori Oliveira, Cristiano Rodrigues de Lima, Diego Tharssio Neves Teixeira, Ivan Nunes da Silva Júnior, Milton Cunha Matias e Rinaldo Regonha.

Os sete apontados como membros do grupo que age como uma milícia no centro de São Paulo são integrantes da Inspetoria de Operações Especiais (Iope), considerada a tropa de elite da corporação.

O inspetor Elisson Assis é suspeito de liderar o esquema, segundo o que ele próprio dizia em áudio enviado a comerciantes da região.

A Prefeitura de São Paulo afastou todos eles da corporação.

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