Problema foi diagnosticado esta semana no Presidente do Brasil que precisou passar por uma cirurgia de emergência A realização de uma cirurgia de emergência no Presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, após a detecção de um hematoma subdural trouxe várias dúvidas sobre o problema e de que forma ele pode ser diagnosticado para que não corram maiores sequelas. O neurocirurgião e chefe do serviço de neurocirurgia do Hospital São José de Criciúma, Dr. Carlos Fernando dos Santos Moreira (CRM – 15507 | RQE 12403), explicou um pouco mais sobre o assunto e as formas de atenção em caso de sintomas.
“O presidente precisou fazer uma cirurgia de emergência após apresentar uma forte dor de cabeça. Ele foi encaminhado ao hospital onde foi verificado que, em decorrência de um trauma que ele teve há alguns meses, foram diagnosticados contusões e hematomas subdurais, que são lesões que aparecem após traumas como estes. Em jovens, geralmente traumas de maior intensidade e, nos pacientes idosos, em simples quedas dentro de casa, por exemplo”, esclarece Dr. Carlos.
Segundo informado pela imprensa, em um primeiro momento se diagnosticou que essas lesões sofridas após a queda seriam absorvidas com o tempo.
“Porém, uma delas não transcorreu desta forma criando então um hematoma subdural crônico. Uma condição que vai aumentando devagar e trazendo sintomas ao paciente. No caso do presidente, foi uma dor de cabeça intensa e, com as avaliações, foi possível indicar o tratamento cirúrgico, sem que ele tivesse uma grande piora. No entanto, não é todo paciente que tem este tipo de hematoma que precisa de cirurgia. Na grande maioria dos pacientes, com tratamento clínico e medicação, ocorre a absorção por meio do cérebro que absorve essa hemorragia e o paciente fica sem sintomas”, explica o especialista.
De acordo com Dr. Carlos, não é comum ocorrer sequelas se o paciente for atendido no tempo correto. Por isso, é muito importante não descartar os sintomas. “É comum o paciente achar que é uma dor de cabeça comum, não relacionar com o trauma que teve, já que o trauma geralmente ocorre um a dois meses antes do hematoma precisar de cirurgia. Se o caso não for avaliado rapidamente, é possível sim o paciente ficar com sequelas”, reforça. “Vale reforçar também que esta não é uma lesão de Acidente Vascular Cerebral – AVC, ela é uma lesão traumática. A hemorragia não foi dentro do cérebro, mas sim no espaço subdural, que é um espaço entre membranas que reveste o cérebro. Quando temos um paciente que tem um hematoma nessa localização, ele tem um prognóstico melhor do que o paciente que tem um AVC diagnosticado”, complementa o especialista.
A melhor forma de prevenção ao hematoma subdural é o cuidado e a atenção, especialmente dos pacientes idosos.
“Sempre oriento que pacientes após 60 anos devem evitar subir telhados, escadas, bancos, entre outros, para evitas as quedas. Se elas ocorrem, é provável que ela irá evoluir com algum traumatismo intracraniano, às vezes já em uma proporção mais grave”, finaliza o médico.
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