Cachoeiras são formadas no período de chuva e instituto alegou que a medida foi tomada por segurança. Cachoeiras são formadas com água de chuva em Noronha
Michele Roth/Acervo pessoal
Moradores e turistas de Fernando de Noronha esperam a chegada do período chuvoso, que vai de março a junho, para apreciar as cachoeiras na Praia do Sancho. Nesste ano, entretanto, o Instituto Chico Mendes da Biodiversidade (ICMBio) proibiu o banho nas quedas d’água, que já podem ser vistas na ilha.
A forma como a decisão foi tomada foi criticada por representantes de entidades da ilha. O instituto alegou motivos de segurança para proibir o uso do atrativo.
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A geóloga Joana Sanches, pesquisadora do órgão, disse que a medida foi tomada depois de uma avaliação da área.
“Nós fazemos avaliação desde 2022 e realizamos o monitoramento periódico. Por diversas vezes, encontramos pedras novas caídas, além de troncos e galhos de árvores. É um pouco perigoso. As cachoeiras são lindas, são para contemplação. Nesse período chuvoso pode acontecer um acidente”, disse a geóloga.
O ICMBio instalou placas com informações da proibição do banho nas cachoeiras e divulgou a medida nas redes sociais.
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Victória Nascimento/ICMBio Noronha
Críticas
O presidente da Associação de Donos de Pousada, Ailton Flor, que também já foi presidente da Associação Condutores de visitantes, criticou a proibição.
“As cachoeiras não podem ser fechadas de supetão, é preciso ter uma explicação plausível. No processo natural, as primeiras chuvas limpam a área. Com duas, três chuvas, não temos mais a queda de materiais que estariam a parte de cima”, falou Ailton Flor.
O presidente da associação também falou da importância das cachoeiras. “As cachoeiras só acontecem em período de chuva e são mais um atrativo para Fernando de Noronha. É trabalhar com prevenção, precisa explicar, não é apenas colocar uma placa e proibir”, disse Ailton Flor.
O presidente do Conselho Distrital, Ailton Araújo Júnior, também criticou a forma que a medida foi tomada.
“Não foi informado previamente, foi uma medida açodada. Sou crítico a essa interdição, não tem nada tecnicamente comprovado. Sabemos que os riscos são nas primeiras chuvas”, afirmou Ailton Júnior.
O g1 procurou o ICMBio sobre as críticas da decisão, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem.
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