Vítima foi transferida da Penitenciária de Tianguá para o Complexo Prisional de Itaitinga, onde foi morto. Presídio em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza.
TV Verdes Mares
Um homem preso por incendiar a casa da ex-companheira na cidade de Tianguá, no interior do Ceará, foi morto por um colega de cela na Unidade Prisional Vasco Damasceno Weyne (UP-Itaitinga5), em Itaitinga, na Região Metropolitana de Fortaleza, na última quarta-feira (18).
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Segundo a Secretaria da Administração Penitenciária e Ressocialização (SAP), Manoel Pamplona, de 54 anos, foi atingido por outro interno com um objeto pontiagudo.
“Policiais penais de plantão interviram na ação criminosa de forma imediata e as equipes de saúde da unidade fizeram os primeiros socorros e acionaram o SAMU, que constataram o óbito”, disse a SAP.
Ainda conforme a pasta, as apurações sobre o crime estão em andamento de forma integrada com a Polícia Civil.
Advogado contesta transferência que levou interno a morte
Manoel estava preso desde o dia 26 de julho deste ano, quando foi capturado por policiais militares momentos após atear fogo na casa da ex. No momento do ocorrido, não tinha ninguém no imóvel e as chamas foram apagadas pelo agentes com a ajuda de populares.
Conforme o advogado Candido Magalhães, que fazia a defesa do homem, um dia antes do crime, ele entrou com um pedido de liberdade para Manoel, alegando que o cliente era réu primário, possui residência fixa, emprego e estava detido por mais de 140 dias.
Na ocasião, o pedido foi negado pela Justiça. Além disso, Manoel foi transferido da Penitenciária de Tianguá para o Complexo Prisional de Itaitinga, a 342 quilômetros de distância de onde ele residia.
“Uma vida ceifada brutalmente, sem que ele sequer tivesse a oportunidade de se defender ou ser julgado pelos fatos que lhe foram imputados. Ele não era um número, era pai, avô, um ser humano com planos, histórias e agora um legado de dor e revolta”, publicou o advogado Candido Magalhães.
Terceiro detento morto em presídio
Detento é morto por colega dentro de presídio
Esta é a terceira morte dentro do Complexo Prisional de Itaitinga em um mês. Em todos os casos, as vítimas foram atacadas por colegas de cela.
No dia 3 de dezembro, Fellype Abdoral Sales Oliveira, acusado de integrar organização criminosa, foi morto por um comparsa, com 27 facadas, na Unidade Prisional Professor José Jucá Neto (UP-Itaitinga3), durante o banho de sol.
Já no dia 14 de novembro, um detento, identificado apenas como “Kaike”, foi morto por um colega de cela com golpes de faca artesanal na Unidade Prisional Vasco Damasceno Weyne (UP-Itaitinga5). Na ocasião, o suspeito Giovanni Oliveira de Andrade Junior foi autuado por homicídio qualificado.
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