O governo da França se posicionou a favor do pedido de prisão do procurador-chefe de Tribunal Penal Internacional contra o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, o ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, e três líderes do Hamas. A decisão foi publicada pelo Ministério das Relações Exteriores do país nessa segunda-feira (20/5).
“A França apoia o Tribunal Penal Internacional, a sua independência e a luta contra a impunidade em todas as situações”, disse um trecho da nota divulgada pela chancelaria francesa.
“A França está empenhada na procura de uma solução política duradoura na região, a única que possa restaurar um horizonte de paz e pôr fim ao sofrimento tanto de israelitas como de palestinianos”, concluiu o texto.
Com o posicionamento, a França vai de encontro a declarações de outros países aliados a Israel, que condenaram o pedido de prisão contra Netanyahu e seu ministro da Defesa.
Horas após a decisão ser divulgada pelo Tribunal de Haia, o governo dos Estados Unidos rejeitou o pedido de prisão contra o premiê de Israel e chamou de “vergonhoso” o procurador da Corte por igualar autoridades israelenses a membros do Hamas.
O presidente Joe Biden, em comunicado divulgado pela Casa Branca, chamou o pedido de “vergonhoso” e reiterou o apoio dos EUA a Israel.
A Alemanha foi outro país a se posicionar de forma contrária ao pedido e afirmou que a Corte Internacional “criou a impressão incorreta de uma equivalência” entre as duas partes em conflito.