‘Bebês’ foram gravados no Parque das Graças, seguindo a mãe e mamando. Espécie ficou mais próxima da rotina urbana do Recife nos últimos anos. Filhotes de capivara recém-nascidos são gravados no Parque das Graças, na Zona Norte do Recife
Os moradores do Recife têm se acostumado a ver com mais frequência grupos de capivaras circulando em alguns bairros da cidade, especialmente em lugares próximos às margens do Rio Capibaribe. Imagens feitas pelo fiscal do Parque das Graças, Carlos Braga, na sexta-feira (19) e na quarta (17) e encaminhadas para a TV Globo, mostram uma fêmea com três filhotes. Segundo Braga, os filhotes nasceram na quarta (veja vídeo acima).
O vídeo mostra os bebês seguindo a mãe e acolhidos embaixo dela, mamando. Eles circulam pela área de mangue do parque da Zona Norte da cidade. Segundo Carlos Braga, havia um quarto filhote, mas ele foi predado por um jacaré após o nascimento.
Pequenos, mas já espertos, os bebês capivara vão mamar por pelo menos quatro meses, segundo explicou ao g1 a bióloga Joice Brito, coordenadora do Centro de Triagem de Animais Silvestre (Cetas) Tangará.
“Estão espertinhos e próximos da fêmea, estão mamando. [a reprodução] É um bom indicativo. As capivaras costumam viver em lugares com vegetação, próximos da água. São animais medrosos, que se assustam com facilidade e entram no rio ao menor sinal de pessoas se aproximando”, explicou a bióloga.
Também de acordo com Joice Brito, é importante respeitar o espaço dos animais e não chegar muito perto, para não acontecer algum incidente. Entre os poucos predadores que as capivaras têm na Região Metropolitana do Recife, estão os jacarés. A coordenadora do Cetas considera que a espécie está bem adaptada à região.
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“Elas são herbívoras e são vistas muitas vezes em áreas de mangue. Por isso a poluição nunca é boa para a espécie. Há uns anos atrás seria mais difícil vê-las tão próximas das pessoas como a gente tem visto recentemente. Acredito que o período da pandemia fez as pessoas prestarem mais atenção ao meio ambiente e aos lugares onde moram e observarem as espécies que já viviam por aqui, mas passavam despercebidas”, comentou Joice Brito.
Ela explicou que a média de vida de uma capivara na natureza é de cerca de 10 anos. Com essa estimativa de vida, respeitando os espaços dos animais e conservando os rios e o mangue, é possível que os moradores do Recife possam, de alguma forma, acompanhar o desenvolvimento dos “bebês” que nasceram esta semana.
Filhotes de capivara recém-nascidos são registrados no Parque das Graças, no Recife
Reprodução/WhatsApp
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