O Exército de Israel está sendo culpado de assassinar, com um tiro na cabeça, uma cidadã dos Estados Unidos na Cisjordânia ocupada. O caso aconteceu durante um protesto contra a administração de Benjamin Netanyahu, nesta sexta-feira (6/9).
Testemunhas afirmaram à agência de notícias Wafa que a norte-americana foi baleada por militares das Forças de Defesa de Israel (FDI), que reprimiram a manifestação contra assentamento ilegais na Cisjordânia ocupada.
Identificada como Ezgi Eygi, a jovem de 26 anos fazia parte do Movimento de Solidariedade Internacional anti-ocupação. Ela chegou a ser levada para um hospital em Nablus, mas não resistiu aos ferimentos.
O assassinato da ativista norte-americana se soma a outras mortes na Cisjordânia. Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, os relatos são do endurecimento de operações militares de Israel na região. Na última delas, finalizada nesta sexta-feira(6/9), ao menos 37 pessoas foram mortas.
Entre os mortos, o exército israelense reivindicou o assassinato de um líder do Hamas que operava na região, controlada pela Autoridade Palestina (AP).
Casa Branca pede investigação
Após a morte de Aysenur Eygi, a Casa Branca informou ter entrado em contato com o governo de Benjamin Netanyahu para “solicitar uma investigação sobre o incidente”.
O porta-voz do Departamento de Estado dos EUA, Mattew Miller, afirmou que Washington está reunindo mais informação sobre o caso.
Em um comunicado, as Forças de Defesa de Israel (FDI) confirmou ter reprimido a manifestação com “fogo”, e disse que “está investigando relatos de que uma estrangeira foi morta” durante a ação.
“Os detalhes do incidente e as circunstância em que ela foi atingida estão sob revisão”, finalizou a nota do exército israelense.