Exclusivo: Giovanna Ewbank se emociona ao assistir peça sobre racismo

Giovanna Ewbank foi às lágrimas ao assistir a peça Macacos, que está em cartaz no centro do Rio. A atriz foi ao teatro com o marido, Bruno Gagliasso, prestigiar o trabalho de Clayton Nascimento, que aborda temas raciais, como racismo e a urgência da vida negra no Brasil.

Fontes desta colunista que vos escreve contaram, com exclusividade que Giovanna Ewbank chegou a abaixar a cabeça e ficar pensativa enquanto assistia à apresentação.

Os atores, que são pais de Titi, Bless e Zyan, e já viveram na pele o racismo contra os dois mais velhos, aplaudiram e gritaram quando foi dito pelo ator que, não por acaso, o delegado responsável pela investigação na época do assassinato do menino Eduardo, de 9 anos, no Complexo do Alemão, era o mesmo que comandou o caso Marielle no começo, e agora está preso desde domingo (24/3).

Na saída da casa de espetáculos, o casal posou com o protagonista e ainda comprou o livro homônimo, que dona Déa Lucia deu de presente para Yasmin Brunet durante a participação da ex-BBB no Domingão com Huck.

Giovanna definiu a peça como necessária e uma “porrada”. Outros nomes conhecidos do público também foram assistir. Entre as celebridades presentes estavam Narjara Turetta; Dandara Mariana, que foi acompanhada pelo namorado, o ator Dhonata Augusto; e o pai da atriz Romeu Evaristo, eterno saci pererê do Sítio do Picapau Amarelo, que foi junto com a mulher, Beth Nahas.

A peça agora vai seguir para uma turnê internacional, após arrastar multidões nos teatros do Rio de Janeiro. Em julho do ano passado, Clayton Nascimento participou do Conversa com Bial e falou sobre o sucesso da peça, que recebeu em sua plateia nomes como Fernanda Montenegro e ainda rendeu um convite para o ator fazer sua primeira novela, Fuzuê.

“Acabou a peça e soube que ela [Fernanda Montenegro] estava ali. Voltei para agradecer e, de repente, ouço uma voz vindo de perto e paralisou. A voz fez uma frase, uma palavra e paralisou o ar. Notei que alguma coisa estava acontecendo com o público!”, começou ele, antes de completar:

“Localizei a voz e era Fernanda Montenegro dizendo: ‘Um fenômeno! Você é um fenômeno! Que bom que você é brasileiro, você tem que fazer essa peça até ficar bem velhinho’. E eu paralisei! Teatro lotado, quase 300 pessoas e depois a Fernanda me recebeu. Ficamos batendo um papo e ela decodificou a peça inteira”, recordou o rapaz.

O protagonista ainda falou sobre outras atrizes que foram assisti-lo: “A sensação é de realização de uma criança que teve afeto dos pais e a possibilidade de estudar. Vi todos esses artistas, cresço com a TV e a possibilidade de mostrar minha arte para eles é algo que me dignifica muito. A Marieta (Severo) dizer que é uma das maiores experiências teatrais que ela viveu! É a Marieta! A Regina Casé dizer que ela está impactada e que precisa pensar nisso [no que foi dito na peça], ela é uma mulher que viajou o mundo e conhece muito o Brasil. A sensação é de dignidade e que os estudos valem a pena”, declarou ele.

Racismo contra os filho de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso

Os atores Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso etiveram em Portugal, em junho do ano passado, para depor no processo contra Maria Adelia Coutinho Freire de Andrade, mulher que cometeu racismo contra os filhos do casal, Titi e Bless, em agosto de 2022.

De acordo com o colunista Lucas Pasin, do UOL, o casal foi chamado pela delegada responsável para depor presencialmente, e os depoimentos acontecem ainda hoje em Lisboa.

O colunista ainda diz que, além dos brasileiros, outras testemunhas devem ser ouvidas no caso. Para quem não se lembra, Titi e Bless foram vítimas de racismo durante uma viagem da família para Portugal. Um vídeo do momento mostra Giovanna Ewbank é vista saindo em defesa dos filhos.

De acordo com pessoas que estavam no estabelecimento, a mulher teria falado para “tirar aqueles pretos imundos dali”, referindo-se aos filhos de Ewbank e Gagliasso. A atriz também teria cuspido no rosto da racista ao ouvir as ofensas.

Na ocasião, a mulher foi levada à delegacia e depois liberada. Por meio de nota, a direção do restaurante repudiou a conduta racista e se colocou à disposição para fornecer as imagens gravadas pelas câmeras de segurança.