O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, voltou a defender a taxação dos super-ricos nesta quinta-feira (24/10). Ele afirmou que as nações devem agir juntas para garantir que os donos de grandes fortunas paguem “cota justa em impostos” e, assim, combater a desigualdade no mundo.
“Devemos agir juntos para garantir que os super-ricos paguem sua cota justa em impostos, de modo a combater a desigualdade”, disse o titular da Fazenda durante a abertura da reunião ministerial do G20, em Washington, capital dos Estados Unidos (EUA).
Esse é o último encontro dos ministros de finanças do G20 sob a presidência do Brasil neste ano, bem como a última participação de Haddad. A partir de 2025, a África do Sul presidirá o grupo das maiores economias do planeta.
A taxação dos super-ricos é uma das principais bandeiras defendidas pelo Brasil à frente da presidência do G20. Esse mecanismo consiste na criação de um sistema tributário internacional.
A medida, desenhada pelo economista francês Gabriel Zucman, consiste em um imposto mínimo de 2% sobre a riqueza dos bilionários do mundo, com potencial de arrecadação entre US$ 200 e US$ 250 bilhões por ano. Estima-se que essa nova tributação poderá atingir três mil pessoas com grandes fortunas.
Lula defende taxação dos super-ricos nos Brics
Na 16ª Cúpula dos Brics, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também endossou a ideia de taxar grandes fortunas, com o objetivo de mitigar as desigualdades sociais e fiscais em todo o globo.
“Quero agradecer o apoio que os membros do grupo têm estendido à presidência brasileira do G20. Seu respaldo foi fundamental para avançar em iniciativas que são cruciais para a redução das desigualdades, como a taxação de super-ricos”, afirmou o petista.