O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) que transportou o presidente Lula de Brasília a São Paulo para realizar uma cirurgia de emergência recebeu uma autorização especial para pousar no Aeroporto de Congonhas na madrugada de terça-feira (10/12).
O aeroporto está localizado no meio da capital paulista e, por determinação judicial, não pode operar entre 23h e 6h. Lula deixou Brasília por volta das 22h30 da segunda-feira (9/12) e pousou em São Paulo às 0h23, segundo apurou a coluna.
Para o avião presidencial pousar no Aeroporto de Congonhas fora do horário de funcionamento, foi necessário uma permissão especial, que foi concedida por se tratar de uma emergência médica envolvendo o presidente da República.
Lula viajou para São Paulo em um avião da FAB acompanhado da primeira-dama Janja, de assessores próximos e da média Ana Helena Germoglio, que acompanha o petista no Planalto. A aeronave foi equipada com aparelhos médicos.
O boletim médico informa que Lula teve “hemorragia intracraniana”, decorrente da queda que levou no Palácio da Alvorada, em 19 de outubro. Por conta disso, foi operado de emergência no hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Como mostrou a coluna, Lula demonstrou forte indisposição ao longo do expediente de trabalho no Planalto, na segunda. Segundo ministros, Lula estava “sonolento”, reclamou de dor de cabeça e chegou a pedir para ir embora mais cedo.
O presidente deixou o Planalto por volta das 18h. A ideia inicial seria ele realizar exames mais completos somente nesta terça-feira (10/12). A dor de cabeça, contudo, persistiu, e Lula foi levado à unidade do Sírio Libanês em Brasília.
Nos exames, foram constatadas a hemorragia e a necessidade de drenar o sangue. Nesse momento, então, foi tomada a decisão de transferi-lo para São Paulo, para que fosse operado no hospital principal do Sírio na capital paulista.
Procurada, a Aena, concessionária que administra o Aeroporto de Congonhas, informou que o controle do espaço aéreo e autorização de pousos e decolagens é responsabilidade do Departamento de Controle do Espaço Aéreo da FAB.
A coluna também procurou a Aeronáutica no final da manhã desta terça, mas a entidade não respondeu até a publicação desta matéria. O espaço segue aberto para eventuais manifestações da Força Aérea Brasileira.