O deputado federal Guilherme Boulos (PSol) não tornou a falar com Pablo Marçal (PRTB) desde a live promovida pelo ex-coach na reta final do 2º turno da eleição à Prefeitura de São Paulo, em 25 de outubro. Na ocasião, o aceite do psolista chamou a atenção porque, no início daquele mês, Marçal divulgou um laudo falso contra Boulos. À coluna, o parlamentar afirmou ser inviável manter relação “pacífica e cordial” com o adversário.
“Não tive nenhuma conversa com Marçal [após o segundo turno]. Entramos com ação na Justiça, várias vezes, por conta das mentiras sórdidas que ele inventou ao longo da eleição. Aquele episódio da live foi o seguinte: não é que ele me convidou, ele convidou a mim e ao Ricardo Nunes (MDB). Quando eu decido ir para aquela live, não era para dialogar com o Marçal, mas sim com 1,7 milhão de paulistanos que votaram nele no primeiro turno”, afirmou Guilherme Boulos.
“O cara vai lá e chama um diálogo com os outros candidatos. Era meu dever, como candidato, ir e tentar dialogar com o eleitorado dele. Como é que eu vou ter uma relação pacífica e cordial com uma pessoa que ficou a campanha inteira me acusando de maneira absurda e abjeta de uso de droga? É uma questão de coerência. É inaceitável esse tipo de método”, disse.
“Até por essa postura dele no primeiro turno, construíram uma rejeição à minha candidatura que foi decisiva no segundo turno, para a gente não conseguir os votos suficientes para virar eleição”, continuou.
Para Guilherme Boulos, a divulgação do laudo falso por Pablo Marçal foi determinante para que o prefeito Ricardo Nunes superasse o ex-coach na reta final. Segundo ele, as pesquisas internas contratadas pelo PSol apontavam Boulos e Marçal liderando o primeiro turno, quadro que se alterou após o “tiro no pé” do empresário.
Marçal recua
Após as autoridades apontarem que o laudo era falso, Pablo Marçal se manifestou: “Sabe o negócio do laudo? Eu nem vi aquela m*rda. Eu não peguei no laudo.”
“Eu deixei meu time postar essa bosta. E confie no que eu estou falando: jamais eu postaria de má-fé. Uma pessoa quis tirar vantagem, apareceu com essa merda e essa pessoa vai responder por isso. […] Eu, Pablo, nunca na minha vida postaria um negócio sabendo que é falso”, disse Marçal.
