Policiais civis apreenderam bilhetes que indicam comunicação entre criminosos soltos e detentos do Complexo Penitenciário da Papuda durante a Operação Rottura, deflagrada pela Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) na manhã desta quinta-feira (12/11).
A ação tem como objetivo combater a atuação de uma célula do crime organizado dentro da prisão.
Um comparsa de um policial penal suspeito de facilitar a entrada ilegal de objetos e celulares no presídio foi preso temporariamente. Além disso, foram cumpridos três mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em Planaltina (GO).
A investigação teve início após a Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) apreender um celular dentro do sistema prisional. A investigação apurou que o agente público recebia dinheiro para introduzir materiais proibidos nas celas e colaborar com internos.
As ações indevidas eram intermediadas por um chefe da facção criminosa brasiliense Comboio do Cão. O policial penal, então, foi denunciado pelo Ministério Público pelos crimes de organização criminosa, lavagem de dinheiro, porte ilegal de arma de fogo e corrupção passiva.
Com o avanço das investigações, a Draco identificou a participação efetiva de outros suspeitos. Na atual fase da operação, a Polícia Civil visa delinear o papel dos demais comparsas do policial penal na prática desses crimes.