Corpos são transportados dentro do barco, em um caminhão, até o IML onde a perícia deve durar até terça-feira, 16. Operação teve que mudar estratégia para retirar barco do rio. Polícia Federal faz hoje perícia em corpos encontrados em barco à deriva, no Pará
A embarcação com corpos encontrada por pescadores no litoral do Pará é artesanal, não tem motor, leme, nem sistema de governo que possa identificar a origem, segundo o capitão dos Portos da Amazônia Oriental, Ewerton Calfa.
O barco continuava no rio até a tarde desta segunda-feira (15) sendo puxado por um cabo de aço. Em seguida, deve seguir para o Instituto Médico Legal, onde deve ser feito trabalho da perícia que deve durar a terça-feira.
Os corpos, em avançado estado de decomposição, devem ser transportados dentro da embarcação com ajuda de um caminhão.
“É uma embarcação aparentemente artesanal, devido ao material com que ela é feita, e não há nenhuma indicação no casco que permita, nesse primeiro momento, fazer uma ideia da origem”, afirma o capitão.
A Polícia Federal investiga a nacionalidade das pessoas encontradas mortas dentro do barco, que estava à deriva. Ainda não há confirmação de quantas pessoas estão mortas, nem a origem delas. A causa das mortes também ainda não foi esclarecida.
O barco chegou à terra firme para início da perícia na noite de domingo (14) e ficou às margens do rio.
A manhã foi de muitas tentativas para retirada da embarcação atracada no porto, que não possui trapiche. Equipes passaram a noite tentando içá-la, mas sem sucesso. Foi preciso utilizar cabos de aço para fazer a retirada – o que não estava inicialmente previsto pela força-tarefa montada no local, incluindo até agentes federais.
Hugo Moura, subtenente do Corpo de Bombeiros, informou que o trabalho foi marcado pela dificuldade desde o domingo. “Foram necessárias quinze horas de reboque para conseguir trazer a embarcação para a margem”.
Segundo Moura, a suspeita é que as vítimas sejam estrangeiras, mas a confirmação da nacionalidade só deve ocorrer após a perícia. Os corpos foram encaminhados até a perícia científica de Bragança e devem passar por identificação de vítimas de desastres.
O protocolo de identificação é usado em casos de acidentes aéreos e desastres naturais, como ocorreu com as vítimas da tragédia de Brumadinho em 2019, por exemplo.
As técnicas de perícia usam amostras de DNA, características físicas, impressões digitais, registros odontológicos e objetos pessoais, já que os corpos estão em estado avançado de decomposição. A previsão é que este trabalho dure até terça-feira (16).
Após o processo de retirada dos corpos de dentro do barco, ele deve ser levado para Belém e ficar sob custódia da Marinha do Brasil para perícia a fim de tentar identificar a origem.
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