Suspeita é que Jonatham Lucas Araújo Lima tenha passado mal após ser obrigado a ingerir líquido ainda não identificado. Embaixada do país no Brasil diz que se solidariza com família; Itamaraty também acompanha o caso. Jonatham Lucas Araújo Lima morreu em aeroporto na Armênia
Reprodução
Jonatham Lucas Araújo Lima, de 27 anos, morreu após uma abordagem em um aeroporto na Armênia, país na divisa entre a Ásia e a Europa, no último dia 8. A suspeita é que ele tenha passado mal após ser obrigado a ingerir um líquido ainda não identificado. O caso é investigado pelas autoridades do país, segundo a Embaixada da Armênia no Brasil.
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“Prestamos as nossas condolências à família do falecido. Casos como esses são de competência da Embaixada do Brasil na Armênia. Porém, fizemos um inquérito às autoridades armênias competentes. Assim que tivermos a resposta delas, a tornaremos pública”, disse o cônsul Yervand Markosyan ao g1.
Jonatham morava no Recanto das Emas, no Distrito Federal, com a avó. O restante da família mora em Portugal desde 2021. O Ministério das Relações Exteriores também está acompanhando o caso “com as autoridades locais e com a família do brasileiro, a quem tem sido prestada a assistência consular devida”.
Ao portal de notícias armênio “News”, Rustam Badasyan, presidente do Comitê de Receitas Públicas do país, disse que o brasileiro morreu a caminho do hospital. A entrevista foi concedida na última quinta-feira (15).
“Durante a inspeção, garrafas foram tiradas e a pessoa [Jonatham Lucas], provavelmente para eliminar suspeitas, decidiu que poderia beber [o líquido]. Claro que isso não é um procedimento normal. Existe um inquérito”, disse Badasyan ao jornal do país.
Família sabia da viagem
Apesar da morte ter ocorrido no último dia 8, Rogério Hipólito, pai do morador da capital, conta que a família só foi informada sobre o caso na última sexta-feira (16).
“As investigações estão sob sigilo. Não tem notícia. A gente não sabe se ele estava com drogas”, conta Rogério.
A família diz que sabe pouco sobre o ocorrido. Em uma primeira abordagem, Jonatham teria escutado dos funcionários do aeroporto que ele deveria beber o líquido que estava em uma garrafa ou deveria jogar o objeto fora, segundo o pai.
“A situação que chegou [para a família] é que os agentes [do aeroporto] obrigaram ele a beber todo líquido. Disseram que era uma garrafa de vinho, mas não tem nada mais que isso”, conta o pai do morador da capital.
Rogério conta que Jonatham entrou em contato com a família para avisar sobre a viagem. “Ele ligou, fez chamada de vídeo, estava feliz. Falou onde estava, que ia trabalhar. De repente, perdemos o contato”, afirma o pai.
“É muito difícil porque somos pessoas muito conservadoras. Ninguém da nossa família bebe ou fuma. Todo mundo dizendo que meu filho foi levar drogas. Minha esposa está arrasada”, diz Rogério.
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