Competição é no fim de semana. Equipes são formadas por doadores, profissionais da área de saúde que trabalham com transplantes e atletas transplantados de todo Brasil. Silvana Baccin é uma das competidoras do torneio em Brasília.
Divulgação/Redes sociais
O silêncio domina a quadra e, em poucos segundos, a bola verde limão é lançada ao ar: o nervosismo de uma partida de tênis, desta vez, é vivenciado por atletas transplantados. O 1º Torneio de Tênis para Transplantados acontece em Brasília no sábado (23) e domingo (24).
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Com equipes formadas por doadores, profissionais da área de saúde que trabalham com transplantes e atletas transplantados de todo Brasil, o torneio vai das 8h às 18h no Clube do Exército. 🎾
👉O objetivo principal, segundo a competidora Silvana Baccin, de 61 anos, é confraternizar com os outros participantes e celebrar a vida.
“Pra gente essa questão de celebrar a vida praticando o esporte, ganhando ou perdendo – não importa. Mas, praticar esporte e celebrar a vida, esse é o maior objetivo”, diz a competidora.
Ao g1, Silvana conta que é “viciada em tênis”. Ela tem uma rotina de treinos intensa e foi a primeira brasileira a participar do World Transplant Games (Olimpíadas dos Transplantados), em 2023, na Austrália.
Doença renal
Silvana foi a primeira brasileira a participar do World Transplant Games (Olimpíadas dos Transplantados), em 2023, na Austrália.
Reprodução/Redes sociais
Mas, nem sempre foi assim. A primeira paixão de Silvana foi o vôlei. Ela jogou durante de 38 anos.
Em 2014, após um transplante de rim – por conta de uma doença hereditária conhecida como doença renal policística, que acabou com sua função renal aos 50 anos – ela trocou o vôlei pelo tênis.
“Eu vivo há 10 anos, no meu pós-transplante, uma vida muito plena, muito intensa, uma saúde maravilhosa. Gratidão é a palavra que eu posso expressar aqui e que me nutre muito nesse segundo período de vida”, diz Silvana Baccin.
Quem doou o rim para Silvana foi o ex-marido. Ele, como doador, também vai participar da competição.
Esporte como tratamento 🎾
No momento mais crítico da sua doença, o engenheiro Haroldo Rodrigues da Costa, de 59 anos, precisou deixar o esporte de lado.
“Eu sempre gostei muito de praticar esportes. De repente, todos seus sonhos desmoronaram.Tinha uma vida bastante limitada, inclusive acerca de minha profissão. Sou engenheiro e até o meu diploma parece que a insuficiência renal levou embora”, diz Haroldo.
Há 27 anos, Haroldo recebeu um rim da própria irmã e fez o transplante. Depois disso, não parou mais de praticar esportes – ele é o brasileiro com o maior número de participações nas Olimpíadas de Transplantados, com nove edições e cinco medalhas conquistadas.
“Após a doação de minha irmã, uma nova chance chegou. Aquele mundo cinzento, de repente, se iluminou. A felicidade foi tanta que me movia para fazer alguma coisa em troca. Então tive a ideia de usar o esporte como ferramenta para promover a doação de órgãos”, conta.
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