O desempenho do insólito coach Pablo Marçal nas pesquisas eleitorais à prefeitura de São Paulo divulgadas nessa semana, que ameaça tomar votos do atual prefeito, Ricardo Nunes, fez aliados de Jair Bolsonaro passarem a esperar que ocorra um “efeito Marçal” sobre Nunes.
Em meio a insatisfações no bolsonarismo sobre Nunes, que passam pela resistência do entorno do emedebista ao nome do ex-coronel da PM Ricardo Araújo para ser seu vice, estes interlocutores do ex-presidente avaliam que, com parte do eleitorado de direita piscando para o coach, o prefeito deve acelerar e intensificar sua “bolsonarização”.
Nunes e aliados vêm mantendo o discurso de que o prefeito é apoiado por uma frente ampla de partidos e lideranças, na qual estão Bolsonaro e o PL, mas também siglas que integram o governo Lula.
Lançado como candidato pelo nanico PRTB, Pablo Marçal marcou 10,4% das intenções de voto na pesquisa AtlasIntel divulgada nessa terça-feira (28/5) e 7% no Datafolha dessa quarta (29/5). Ao colunista Igor Gadelha, Nunes reconheceu que o coach pode lhe tirar votos.
Além de Marçal, outro nome que pode tomar apoiadores do emedebista é o apresentador José Luiz Datena, do PSDB, mas há incertezas sobre se ele enfim estreará nas urnas depois de desistir em 2016, 2018, 2020 e 2022.
